Mostrando postagens com marcador vídeo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vídeo. Mostrar todas as postagens

Explicação simples da vida



Para entender melhor, coloque seu nome onde está escrito "Seu nome completo".

Você é presidente de uma empresa muito importante chamada "Seu nome completo". Assim como qualquer empresa onde as pessoas trabalham, "Seu nome completo" precisa de cuidados constantes dele(a) mesmo(a). O papel de um presidente é determinar qual o objetivo maior da empresa, escolher seus caminhos, lidar com desafios e ser o exemplo dos princípios morais mais elevados que devem prevalecer em todas as relações da empresa.

Se o presidente for negligente e não fizer boas escolhas, o caos toma conta e esta empresa fracassará. Terá que lidar com as consequências das suas más escolhas para então recomeçar de maneira diferente.

Este cargo não exige dinheiro, estudo ou experiência prévia, mas apenas da nossa boa vontade, pois todos nascemos com um bom discernimento entre o certo e o errado e desde cedo já estamos escolhendo o que queremos para nós. Assim, através dos erros e acertos, qualquer pessoa tem condições de cuidar bem de si.

Se "Seu nome completo" não se aceita como é, não confia em sua capacidade de escolher e for muito negativo(a), suas escolhas não trarão bons resultados e seus caminhos podem ser cheios de sofrimentos, rejeições, perdas, dificuldades e sacrifícios, com pouquíssimos momentos de conforto e bem-estar.

Outro ponto importante, é que se "Seu nome completo" coloca intermediários entre ele(a) e sua realização, também passará muito tempo nas mesmas lições. Assim, não deve buscar preenchimento fora de si ou desanimar acreditando que lhe falta algo para ser feliz, para se sentir pleno(a) ou ser grato(a) pela vida que tem.

Com isso, é importante para este grande empreendimento chamado vida aprendermos a nos amar e nos aceitar como somos, a confiar em nossas capacidades, a sermos positivos e a colocar o respeito e a ética como princípios fundamentais para o bom convívio de todos.

Conduzir "Seu nome completo" pela vida é uma grande aventura e, por todo o percurso da nossa carreira, colheremos os frutos por todo crescimento que adquirirmos nos tornando seres humanos melhores. O bom deste empreendimento é que estamos sempre tendo oportunidades de aprender com os nossos erros e melhorar cada vez mais.

Como todo presidente que tem a Verdade, o Amor, a Paz e a Liberdade como princípios, ainda que "Seu nome completo" enfrente muitos desafios, sua postura resiliente de buscar se conhecer profundamente, de aprender com seus os erros e de escolher cada vez melhor é o que garante que ele(a) seja sempre bem sucedido(a)!

Em Paz,
Rodrigo Durante.







Três músicas lindas que nos levam a Deus . . .


 






Fé em Deus - Diogo Nogueira

A luta está difícil, mas não posso desistirDepois da tempestade, flores voltam a surgirMas quando a tempestade demora a passarA vida até parece fora do lugarNão perca a fé em Deus, fé em DeusQue tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilharE essa luz vai refletir na nossa estradaClareando de uma vez a caminhadaQue nos levará direto ao apogeuTenha fé, nunca perca a fé em Deus
Pra quem acha que a vida não tem esperançaFé em DeusPra quem estende a mão e ajuda a criançaFé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabouPra quem não encontrou um amorTenha fé, vá na féNunca perca a fé em Deus
Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é felizFé em DeusPra quem não alcançou tudo que sempre quisFé em Deus
Pra quem ama, respeita e crêE pra aquele que paga pra verTenha fé, vá na féNunca perca a fé em Deus
Aquilo que não mata só nos faz fortalecerVivendo aprendi que é só fazer por merecerQue passo a passo um dia a gente chega láPois não existe mal que não possa acabarNão perca a fé em Deus, fé em DeusQue tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilharE essa luz vai refletir na nossa estradaClareando de uma vez a caminhadaQue nos levará direto ao apogeuTenha fé, nunca perca a fé em Deus
Pra quem acha que a vida não tem esperançaFé em DeusPra quem estende a mão e ajuda a criançaFé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabouPra quem não encontrou um amorTenha fé, vá na féNunca perca a fé em Deus
Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é felizFé em DeusPra quem não alcançou tudo que sempre quisFé em Deus
Pra quem ama, respeita e crêE pra aquele que paga pra verTenha fé, vá na féNunca perca a fé em DeusEm Deus




Sou minimalista


 


Postado em Sou Minimalista


California Dreamin é o maior sucesso do The Mamas & The Papas




É praticamente impossível encontrar alguém que ainda não ouviu "California Dreamin", uma popular canção do grupo norte-americano The Mamas & the Papas, lançada originalmente em 1965.

A música é tão conhecida que ocupa a posição #89 na lista publicada pela revista Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos.

Liricamente expressa nostalgia e saudade do calor da Califórnia durante um inverno particularmente frio. No Brasil, foi a 21ª música mais tocada nas rádios em 1966 e agora você conhecerá mais detalhes desta grande obra:

Saudades do Sol: A Nostalgia de "California Dreamin''

A canção 'California Dreamin'' do grupo The Mamas & The Papas é um clássico da música folk rock que captura a essência da saudade e do desejo de escapar para um lugar mais quente e acolhedor.

Lançada em 1965, a música se tornou um hino para aqueles que anseiam por mudanças e por um refúgio das adversidades, especialmente as climáticas. A letra descreve um passeio em um dia de inverno, onde as folhas estão marrons e o céu está cinza, cenário que contrasta fortemente com o calor e o brilho associados à Califórnia.

Folhas marrons e céu cinza na canção California Dreamin

O refrão 'California dreamin' on such a winter's day' revela um desejo profundo de estar em Los Angeles, onde o narrador acredita que estaria seguro e aquecido. A Califórnia, conhecida por seu clima ameno e ensolarado, é idealizada como um paraíso distante da frieza do inverno.

A música também menciona uma parada em uma igreja, onde o narrador se ajoelha e finge orar. Essa ação pode ser interpretada como uma busca por conforto espiritual ou como uma crítica sutil à superficialidade de certos rituais religiosos, onde o pregador parece mais interessado no frio do que na fé genuína.

Busca por conforto espiritual na canção California Dreamin

A repetição das linhas sobre as folhas marrons e o céu cinza reforça a monotonia e o descontentamento com o ambiente atual, enquanto a possibilidade de partir para a Califórnia oferece um vislumbre de esperança e liberdade.

O contraste do céu cinza com o céu azul no mar da Califórnia

A música, com sua melodia cativante e harmonias vocais marcantes, tornou-se um símbolo da contracultura dos anos 60 e continua a ressoar com ouvintes que compartilham do mesmo anseio por um lugar onde possam se sentir mais vivos e em paz.

O Grupo The Mamas & The Papas

The Mamas & The Papas foi um grupo vocal formado na Califórnia, Estados Unidos, nos anos 1960, por John Phillips (responsável pelas composições do grupo), Michelle Phillips, 'Mama' Cass Elliot e Denny Doherty.

The Mamas And The Papas

Entre 1966 e 1968, alcançaram renomados sucessos nas paradas de todo o mundo com canções como "Monday, Monday" e "California Dreamin", até hoje suas canções mais conhecidas.

O The Mamas & The Papas foi uma das únicas bandas norte-americanas a conseguir manter o sucesso e a par de poder competir com a Invasão Britânica. O grupo gravou e se apresentou de 1965 a 1968, lançando cinco álbuns e legou dez sucessos entre os compactos mais vendidos.

O grupo teve bastante sucesso, que se deve as belas harmonizações vocais, acompanhamento em estúdio, de seus discos, por músicos profissionais, e a sua participação na contracultura sessentista.

O grupo também deixou um legado de excelentes releituras de vários sucessos de outros artistas dos anos 1960, como “I Call Your Name”, “Do You Wanna Dance?”, “My Girl” e “Twist and Shout”.

E nada melhor do que sonhar com a Califórnia em um dia lindo de verão em contraste com o rigoroso inverno retratado na canção. É a edição inédita da semana !




Referências & Pesquisa









Toques espirituais para corações que cantam




Wagner Borges

Eu fui lá em cima e peguei uma estrelinha.

Carreguei-a em meu colo, como um bebê luz.

Eu fui lá em cima e peguei uma estrelinha. Carreguei-a em meu colo, como um bebê luz.E ela me perguntou: 

"Para onde você me leva?"

E eu lhe disse: "Para o céu do meu coração."

Então, ela riu e me pediu uma canção de ninar. E eu cantei para ela, como cantam as estrelas.

E, assim, viemos juntos do céu, num raio de luz.

E, agora, ela está dormindo dentro de mim. Sim, ela entrou em meu coração... E ambos se fundiram.

Ah, eu tenho uma estrela-bebê em meu peito.

E um Grande Amor brilhando tanto...

P.S.: Por amor, semeamos estrelas. E elas vão por aí... Brilhando e rindo.

Às vezes, elas entram em outros corações...

E pedem canções de ninar, em espírito. E quem canta para elas, sente algo mais. Sim, algo mais...

Um Amor. Uma Luz. Ah, isso não se explica, só se sente...


(Dedicado a Fernando Pessoa e a todas as pessoas que carregam estrelinhas em seus corações, sem jamais deixarem de sonhar e cantar o Amor e a Luz.)

- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

- Notas:* Este texto foi extraído do livro "Vida e Imortalidade da Consciência (Há Algo Mais... Um Amor, Uma Luz)", publicado pela Edições Mahatma, de Lisboa, Portugal. linkObs.

Abaixo a música que eu estava ouvindo enquanto reeditava estas linhas. Only a Dream in Rio" - do vocalista americano James Taylor (com Milton Nascimento e Naná Vasconcelos).






Nota ( Rosa Maria - Editora do Blog )

No começo dos anos 80, James Taylor estava passando por uma fase muito difícil na carreira e na vida pessoal. Seus discos vendiam pouco, seu casamento com Carly Simon terminou, seus amigos John Belushi e Dennis Wilson morreram precocemente e ele se perdia cada vez mais no vício em heroína.

Deprimido, ele já pensava em se aposentar da música quando foi convidado pra tocar no Rock In Rio de 1985. Ele aceitou e se surpreendeu muito com a resposta das 300 mil pessoas que acompanharam seu show e sabiam as letras de suas músicas.

A reação do público foi tão boa que o show foi estendido e o show seguinte (do cantor George Benson) teve que ser encurtado. Dois dias depois, quando ambos iriam tocar novamente, Benson sugeriu que os shows fossem invertidos para que James pudesse brilhar. 

A resposta positiva do público o energizou e o ajudou a retomar a carreira e se livrar das drogas nos anos seguintes. Essa música, "Only a Dream in Rio", é uma homenagem a esse dia que mudou sua vida.


E por falar em Amor e Estrelas, não me canso de ver o vídeo abaixo. Amo a música Perhaps Love ( Talvez o Amor ) de John Denver. Cantada por John Denver e Placido Domingo.  




Acredite na força que você tem



Uma das coisas mais complexas da vida é sair do casulo e alçar novos voos... A evolução faz parte da vida e mesmo que doa, o final pode ser gratificante...

"Mudar... Tá aí algo difícil para algumas pessoas.

Mudar a aparência, mudar as atitudes, mudar de opinião, de ideia, mas, principalmente, mudar a consciência. Se ver como um ser em evolução.

Mudar velhos hábitos. Mudar tudo que atrasa o riso, que atrasa o passo... Tudo que pode impedir sua transformação em um ser melhor.

Para mudar é preciso, antes de tudo, o reconhecimento de que aquilo que você é e faz já não é bastante para sua felicidade.

A transformação do botão de rosa em flor é a sua maior evolução

Mudar, muitas vezes, dói. Todo reinício é difícil, mas no fim é gratificante.

Afinal, evoluir faz parte da vida.

Você não está aqui para ser a mesma coisa até o fim da vida.

Mudar é sinal de inteligência, de coragem. E, acima de tudo, de força.

Acredite na força que você tem."

A canção do Passanger - Let Her Go - é a transformação que você precisa ouvir:

A canção "Let Her Go" foi oficialmente comercializada como um single do álbum “All the Little Lights”, realizado no dia 24 de fevereiro de 2012, e foi lançada separadamente pouco tempo depois, no dia 24 de julho do mesmo ano.

Essa foi a produção responsável por elevar a carreira do cantor Michael Rosenberg, nome original de Passenger, que atingiu sucesso astronômico com a faixa.

Passenger é extremamente talentoso e sua voz emociona

O estúdio Linear Recording, em Sidney, recebeu em 2011, o próprio Passenger, junto do produtor Chris Vallejo, para conceber a canção. Por conta de poucas pessoas envolvidas na produção, a música incorpora um ritmo bem mais intimista, e por isso é incorporado ao gênero acústico, além do folk rock e indie pop.

A letra é especialmente feita como uma poesia melancólica, e descreve o fim de um relacionamento. Quem performa grande parte dos instrumentos também é Passenger, e provou a diversidade do musicista.

Enfim, confira o vídeo que editei nesta semana e inscreva-se em meu canal no YouTube. Garanto que vai se emocionar profundamente. Até mais gente linda!




Referências: Texto entre aspas de Josy Maria


Após muito esforço e trabalho bem feito vem a recompensa !



O comovente VÍDEO em que a mãe se emociona ao descobrir que filha foi aprovada em medicina

A estudante Ana Luiza Costa Leite, de 21 anos, viralizou nas redes sociais ao compartilhar um vídeo em que conta para sua mãe que foi aprovada em medicina.

Nas imagens, a jovem surpreendeu a mãe ao aparecer no trabalho dela para anunciar sua aprovação no curso pela Universidade de Rio Verde (UniRV), em Goiás. Alinne Borges, de 41 anos, não teve outra reação a não ser chorar.

“Ela ficou emocionada porque sabe o quanto foi difícil. Ela via o quanto eu chorava e ficava estressada de exaustão, por tanto estudar e ainda dormir pouco”, disse a estudante ao g1.

Veja o vídeo:


A saga de Jesus : o palestino perseguido por Israel


Cristo palestino na Igreja Luterana de Belém


Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma. Era “persona non grata” em Israel.



Jesus nasceu em Belém, cidade localizada em um território palestino ilegalmente ocupado por Israel. Como a região não era amistosa para recém-nascidos, haja vista o crescente número de ataques israelenses que matavam, principalmente, crianças; os pais de Jesus – Maria e José – consideraram melhor migrar para o Egito. Na época, uma ministra de Israel, inclusive, chegou a afirmar estar orgulhosa com as “ruínas na Palestina” provocadas pelo exército israelense.

Aos 30 e poucos anos, depois de viver em diferentes campos de refugiados, Jesus voltou à região. Como muitos migrantes, foi tentar a sorte em Israel, mais precisamente em Jerusalém, outra área ilegalmente ocupada. A ele se juntaram doze indivíduos, depois chamados “discípulos”, também pertencentes à classe baixa. Por causa da origem humilde, eram constantemente importunados pela polícia. Além disso, por serem palestinos, tinham o status de cidadãos de segunda classe, assim como todos aqueles que não fossem brancos e israelenses. Com frequência eram acusados de formar uma “organização terrorista”.

Inconformado com a ordem vigente, Jesus, acompanhado de seus amigos, começou a pregar, pacificamente, em favor da justiça social, tanto em Israel quanto na Palestina. A princípio, as autoridades israelenses não levaram a sério os discursos de Jesus, consideravam só mais um “comunista”, “cabeludo utópico” e “subversivo”.

No entanto, à medida que cresceu a popularidade de Jesus entre os pobres, ele passou a incomodar os poderosos e os autointitulados “cidadãos de bem”. Seus discursos pacifistas contrastavam com as ideias de um conhecido líder que defendia o armamento da população, mais conhecido por seus fanáticos seguidores como “mito”.

Em duas ocasiões, como Israel proibiu a entrada de ajuda humanitária para os palestinos, Jesus promoveu a multiplicação de pães e peixes para alimentar as multidões que o acompanhavam. Os cidadãos de bem viram aquilo com desconfiança, pois, para eles, é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe.

Certa vez, ao impedir que uma mulher acusada de adultério fosse apedrejada, Jesus foi rotulado como “defensor de bandido”. Um dos homens que ameaçou iniciar o apedrejamento chegou a dizer à mulher, supostamente adúltera, que só não a estuprava porque ela não merecia.

Ao visitar o templo de Jerusalém, Jesus observou a verdadeira face do uso comercial da religião. Um dos sacerdotes vendia águas ungidas, segundo ele, com propriedades que curavam doenças. Outro, comercializava toalhas supostamente milagrosas. Já um líder religioso, mais ousado, vendia terrenos no céu. Tal como na música de Zé Geraldo, naquele templo, Deus também não podia entrar. Em contrapartida, seu maior “rival”, Lúcifer, era sempre bem-vindo. Furioso, Jesus se esforçou para expulsar os vendilhões do templo.

Por lá também havia um estranho ritual de idolatria a uma espécie de roda primitiva (muitos séculos depois, com os avanços tecnológicos, os adeptos dessa seita passaram a ter outro objeto de culto: um pneu de caminhão).

Pelo histórico de Jesus em defesa da justiça social, denúncias do massacre de seu povo, gestos de caridade e falas constantes contra os ricos; parlamentares conservadores, integrantes do Movimento Israel Livre (MIL), propuseram a criação de uma CPI contra o palestino. Os “cidadãos de bem” não suportavam os atos de um “cidadão do bem”. Tornava-se inadmissível que um sujeito que não discriminava a “escória da sociedade” permanecesse impune.

No entanto, era preciso ir além! Desse modo, com o auxílio de Roma (a potência imperialista de então), para melhor perseguir Jesus, surgiu a “Operação Lava-pés” (em alusão ao rito praticado entre Jesus e seus discípulos). À frente da operação estava um juiz treinado pelos romanos, exclusivamente para forjar provas para condenar Jesus, por “tentativa de subverter a ordem” (mais tarde, pelos “bons serviços prestados”, ele seria alçado ao posto de ministro da Justiça de Israel).

Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma.

Posteriormente, um dos discípulos – chamado Judas – acertou um acordo de delação premiada com a Operação Lava-pés, traindo Jesus. Para esse papel, ele recebeu trinta moedas (não por acaso, por tal atitude, Judas passou para a história como “o primeiro capitalista”).

Acusado de tentar subverter a ordem, Jesus foi levado a julgamento e, como esperavam os cidadãos de bem, foi condenado à pena máxima: crucificação. Mesmo sem provas, mas com convicções.

Antes de ser crucificado, por pressão dos anteriormente citados seguidores do mito, Jesus passou por várias sessões de tortura. Soube-se que, anos depois, no parlamento israelense, o mito se referiu ao militar que comandou aquelas sessões de tortura como “o pavor de Jesus”.

Ao finalizar a leitura da sentença, o juiz afirmou categoricamente que Jesus era “persona non grata” em Israel.

Já durante a Via-Crúcis, Jesus foi bastante hostilizado por pessoas que vestiam as cores nacionais de Israel (azul e branco) e tinham como hábito um estranho culto de dançar em torno de um pato dourado.

Do mesmo modo, aqueles indivíduos que tentavam atenuar o sofrimento do palestino injustamente condenado, ouviam xingamentos típicos do cidadão de bem: “passando pano para bandido”, “tá com pena leva pra casa”, “mimimi” e “defensor dos direitos dos manos”.

No Calvário, outros dois homens foram crucificados ao lado de Jesus: Dimas e Gestas (o “bom” e o “mau” ladrão, respectivamente). O primeiro era um palestino condenado por roubar alimentos em um comércio israelenses para dar o que comer à sua família. Gestas, um rico agiota, só foi condenado por ter se indisposto com alguns poderosos de Israel (seus antigos comparsas).

Por fim, às 15 horas de uma sexta-feira, Jesus faleceu na cruz. Os cidadãos de bem, em êxtase, comemoram durante dias. Afinal de contas, para eles, “bandido bom é bandido morto”.









Conheça um pouco o que é extrema direita

 







Lula acertou de novo / Coletivo de judeus publica nota em apoio às falas de Lula sobre massacre em Gaza


Lula e Benjamin Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert

Lula acerta ao dizer que não há na História nada semelhante ao que está acontecendo na Faixa de Gaza, a não ser “quando Hitler resolveu matar judeus”

Aline Alves

A declaração do presidente Lula sobre a investida de Israel sobre o povo palestino, realizada ontem na Etiópia, não deveria ser convertida em polêmica tantas décadas depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial, se houvesse alguma honestidade intelectual por parte dos críticos. Hollywood explorou à exaustão o tema do nazismo, e isso poderia ter servido à conscientização geral sobre o assunto, mas o resultado foi a mercantilização da barbárie, a banalização da violência, e um desconhecimento sobre o nazismo e o Terceiro Heich, que foram reduzidos a inimigos derrotados da América.

Não pretendo aqui dar conta de descrever o que foi o nazismo, em razão da sua densa complexidade, apenas lembrar de elementos científicos – para que não restem dúvidas, ainda mais em um tempo em que é preciso resgatar a ciência para que ela volte a ter significado para o desenvolvimento humano – que demonstram que Lula acerta em sua declaração sobre a situação da Palestina, ao dizer que não há na História nada semelhante ao que está acontecendo na Faixa de Gaza, a não ser “quando Hitler resolveu matar judeus”. A mídia hegemônica, assim como Hollywood, em seu empenho em deseducar mais do que promover um real debate, prontamente rejeitou a comparação entre Israel e a Alemanha nazista, no entanto a História mostra que não há aqui nenhum equívoco. Em Reactionary modernism: technology, culture and politics in Weimer and the Third Reich, o historiador Jeffrey Herf apresenta sua análise sobre o nazismo e observa que ele é construído sobre dois pilares, grosso modo: a regressão e a modernidade, posta à disposição da primeira. A Alemanha nazista contava com alta tecnologia para desenvolver o que precisava para realizar o projeto do Terceiro Reich: resgatar os tempos do império alemão e cumprir sua utopia racial. Leitor de Adorno e Hoeckheimer, Jeffrey Herf identifica no nazismo a “dialética da modernidade” quando aponta que o avanço da ciência, em vez de promover o desenvolvimento humano, muitas vezes promoveu regressão. Isso está nítido nas malhas ferroviárias alemãs sendo usadas para transportar judeus, ciganos, gays, comunistas, deficientes físicos para os campos de extermínio, na tecnologia aplicada ao cinema em serviço da propaganda nazista e no potencial bélico utilizado para atacar os inimigos do Reich.

Dos mesmos recursos dispõe o Estado de Israel, e da mesma forma os utiliza: tecnologia altamente avançada (tivemos, inclusive, uma ideia desse avanço quando a ABIN paralela usou aparelhos de espionagem israelense) utilizada para a eugenia, que parece dar o tom do que seria a pátria ideal para judeus, concepção essa adotada por parte desse Estado de Israel e de setores do sionismo radical (importantíssimo lembrar aqui que essa não é a concepção geral da comunidade judaica, que tem em grande parte se manifestado criticamente em relação aos ataques de Israel contra os palestinos, sofrendo, inclusive, severas retaliações pelo mundo, como é o exemplo do jornalista Breno Altman). É com essa tecnologia que, aos olhos de todo o mundo, mais de 30 mil palestinos foram assassinados por Israel desde outubro passado, sendo 40% das vítimas crianças. Esse número é importante para compreendermos que não há espaço aqui para tergiversar; a mídia hegemônica tem dito que não cabe a comparação entre a Alemanha nazista e o atual Estado de Israel, uma vez que ele não tem um projeto eugênico. Fica o questionamento: quem consegue matar 30 mil pessoas em 4 meses apenas para se defender? Quem, em legítima defesa, mata algumas dezenas de opositores (no caso, integrantes do Hamas) e cerca de 12 mil crianças? Como um Estado com técnicas tão avançadas erra o alvo 30 mil vezes, isso sem contar com os feridos? Como um Estado que se defende mantém suas cidades de pé, enquanto o território do adversário tem 95% da população desabrigada?

O que estamos testemunhando é a exata utilização de técnica avançada para a realização de limpeza étnica, com o propósito de se construir uma utopia racial que, desta vez, só é possível se o povo palestino não existir mais. É o resgate de um passado mítico que confere a um povo uma suposta superioridade, se coloca como a única forma possível de vida na terra, e que exige o extermínio de tudo e todos que não se incluam nessa raça e seu passado. Como esse tipo de racismo se estabeleceu como princípio do sionismo mais radical é uma questão que pode e deve ser analisada com mais profundidade, até para que sejamos capazes de evitar uma nova onda de ódio aos judeus, e também para que não nos percamos do debate científico e honesto. Mas o ponto a que quero chegar aqui é que Lula acertou ao criticar o ataque do Hamas aos kibutz israelenses, e acerta novamente em condenar o genocídio promovido por Israel contra os palestinos; acerta também ao compará-lo a outro momento histórico, o do nazismo, com o qual compartilha métodos e objetivos. E acerta sobretudo ao fazê-lo diante de todo o mundo, como o líder cujo vulto alcança todos os cantos do planeta. Acredito que poderíamos fazer apenas uma observação sobre um ponto da fala de Lula, se o que está acontecendo no presente já se repetiu em outro momento histórico além do nazismo, e lembraríamos, por exemplo, da devastação colonial pela qual passaram a América Latina, África e Oriente Médio; podemos ir mais atrás e lembrar da Inquisição Católica, das Cruzadas, do Império Romano. Mas sem esquecer que nenhum desses episódios contou com tanta sofisticação técnico-científica quanto a que estamos testemunhando neste exato momento.


 Aline Alves é professora, escritora e artista plástica. Doutora em Teoria Literária pela UFRJ.






Coletivo de judeus publica nota em apoio às falas de Lula sobre massacre em Gaza


O coletivo Vozes Judaicas por Libertação publicou uma carta em apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que virou alvo de críticas por suas falas sobre o ataque de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.

No último domingo (18), em entrevista coletiva antes de deixar a Etiópia rumo ao Brasil, Lula comparou o massacre promovido pelas forças militares de Israel contra a Faixa de Gaza ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista contra os judeus na Segunda Guerra Mundial. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou o presidente.

Após a fala, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou, nesta segunda-feira (19), que Lula seria considerado "persona non grata" no país. O termo é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo.

Para o coletivo Vozes Judaicas por Libertação, é impossível comparar e hierarquizar genocídios, dado que a “a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável”. Ao mesmo tempo, no entanto, "a contradição de o povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós".

O grupo ainda afirma que “enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa”.

Confira a carta na íntegra:
Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo.

A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o 'pior' genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo.

A contradição de o povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.

Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror.

Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino.

As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração.

Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.

Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder."

Edição: Lucas Estanislau

 

Postado em Brasil de Fato