Fuja das almas mesquinhas. Viver é um exercício de grandeza




André J. Gomes

Está faltando grandeza na gente. Falta, sim. Em todo canto, falta. Vivemos à míngua de gestos generosos, intenções grandiosas, ações maiores. Como bichos tímidos, acanhados em nossos projetos, reduzimos nossas vidas aos cargos e postos e títulos e relações oficiosas e protocolares que aos poucos nos transformam em meros colecionadores de miniaturas, acumulando milhas de mesquinharias. Nós e nossas vidinhas habitadas por pessoinhas deslumbradas, sorrindo sem graça em jantarezinhos sem afeto, cozinhando pratinhos sem gosto, a partir das receitinhas de homenzinhos dos programinhas de tevê.

Falta grandeza na gente, sim. Insistimos em ser rasos, superficiais, rasteiros, trancafiados em nossas verdades minguadas, metralhando com o dedo quem passar perto. Rareiam amigos de coração aberto e mãos postas, estendidas. Falta quem se disponha a escutar mais e mostrar menos, perguntar mais do que responder, questionar mais que pontificar. Falta gente disposta a pagar a conta por pura e simples gentileza. Ah… como são raras as visitas que surpreendem quando chegam para o churrasco em casa alheia trazendo nos braços algo além do fardo de doze cervejas previamente combinadas. Um bolinho para a dona da casa, um presentinho para as crianças. Qualquer coisa para além de uma presença fria, mirrada, previsível, burocrática.

Pior. Nossa escassez de elevação vem sob a escolta das matilhas de gênios e suas teorias em defesa da mesquinhez. “É a crise!”; “não sobra dinheiro para isso”; “também, com o preço das coisas…”; “no mundo moderno cada um paga a sua, tá reclamando do quê?”; “É cada um por si” e outras desculpas esfarrapadas. Como se a falta de dinheiro fosse o único problema.

Será mesmo? Ou tanta evasiva não passa de nossa obtusa mania de pequeneza crescendo como verruga, aumentando como um buraco? Certo é que nos tornamos sovinas, ridículos, avarentos de emoção e entrega e disposição para nós e para os outros. Isso, minha gente, tem pouquíssimo a ver com dinheiro. Estar “no bico do urubu”, sem um tostão para nada, não faz de alguém um “mão de vaca”. Há muito mendigo por aí dividindo seu pedaço de cobertor, sua porção de comida fria e seu meio cigarro com quem necessita. Porque generosidade é coisa das almas elevadas, com ou sem fundos patrimoniais. E ela está em falta como a água que baixa nas represas e o dinheiro que some dos cofres.

Nosso tempo na vida é tão pequeno e a grandeza anda tão pouca! Quanto será que nos resta? Por quanto mais você e eu estaremos aqui? Quanta vida nos cabe ainda? Trinta anos? Quarenta? Duas horas, um minuto? Pergunto, pergunto e com franqueza me dou conta de que, no fundo, não importa. Não interessa porque no fim do caminho qualquer tempo terá sido pouco. Muito pouco tempo para o perdermos com pequenezas.

Sejamos francos. A vida anda mirrada demais. Reduzida contra vontade, coitada, à pequena experiência pessoal de cada um. Obrigada por nós mesmos a dar as costas à sua vocação essencial. Porque, você sabe, diferente do que querem os mesquinhos, viver é nada senão um tremendo e escandaloso exercício de grandeza. Sejamos francos. Está faltando grandeza na gente.


Postado no Bula

A África e a travessia da morte


Corpos de mortos em naufrágio chegam a Malta Foto: Reuters 22/04/2015


Mauro Santayana, em seu blog:


A "Primavera" Árabe, fomentada pelos EUA e pela União Europeia, com suas intervenções no Oriente Médio e no Norte da África, continua pródiga em produzir cadáveres, em fecunda safra, trágica e macabra.

Morre-se nas mãos do Exército Islâmico, que começou a ser armado para tirar do poder inimigos de Washington, como Kaddafi e Bashar Al Assad. Morre-se nas cidades destruídas da Síria, da Líbia e do Iraque. Morre-se no deserto, ou à beira mar, na fuga do inferno que se estendeu por países onde até poucos anos crianças iam para a escola e seus pais, para o trabalho, todas as manhãs.

Morre-se, também, no Mar Mediterrâneo, quando naufragam embarcações frágeis e superlotadas a caminho de um destino incerto em um continente, a Europa, que odeia e rejeita os refugiados de seus próprios erros, alguns tão velhos quanto a política de colonização que adotou um um continente que ocupou, roubou e violentou, de todas as maneiras, por séculos a fio.

Para não escrever a mesma coisa, desta vez sobre os mortos de Catânia, reproduzo texto do final de 2013, sobre os mortos de Lampedusa, que pereceram em um dos mesmos inumeráveis naufrágios, nas mesmas circustâncias, nas mesmas geladas profundezas, em que recebem, agora, os corpos daqueles que, empurrados pelo desespero, a fome e a violência, os seguiram para a morte, fazendo uma trágica travessia que, na maioria das vezes, não leva a lugar nenhum: 

"Berço de antigas civilizações, o Mar Mediterrâneo abriu suas águas, por dezenas de séculos, para receber, em ventre frio e escuro, os corpos de milhares de seres humanos.

Mar de vida, morte e sonho, Ulisses, na voz de Homero, singrou suas águas. E tampando os ouvidos, para não escutar o canto das sereias, aportou em imaginárias ilhas, fugindo de Cíclope e Calipso, para enfrentar, a remo e vela, os ventos de Poseidon em fúria.

Por Troia, Cartago, nas Guerras Púnicas ou do Peloponeso, mil frotas cavalgaram suas ondas, pejadas de armas e guerreiros. E, no seu leito descansam, se não os tiver roído o tempo, comerciantes fenícios e venezianos, guerreiros atenienses e espartanos, os pálios e as espadas de legionários romanos, escudos e capacetes cartagineses, navegantes persas, cavaleiros cruzados, califas e sultões.

Os mortos do Mediterrâneo descansam sobre seu destino.

Suas mortes podem não ter sido justas, mas, obedeciam ao fado das guerras e do comércio, à trajetória do dardo ou da flecha que subitamente atinge o combatente, ao torpedo disparado pelo submarino, à asa, perfurada por tiros de artilharia, de um bombardeio que mergulha no mar a caminho da África do Norte, ao sabre que os olhos vêem na mão do inimigo e à dor do imediato corte.

De certa forma, elas obedeciam a uma lógica.

Mas não há lógica ou utilidade nas mortes que estão ocorrendo nestes dias, dos meninos e meninas que se afogam, em frente à costa italiana, na tentativa de chegar a solo europeu, depois de atravessar o Mediterrâneo.

Há anos, centenas de pessoas têm morrido dessa forma. No dia 3 de outubro, um naufrágio na ilha italiana de Lampedusa deixou ao menos 339 mortos – quando cerca de 500 imigrantes vindos da Eritreia e da Somália tentavam chegar à Itália. Oito dias depois, uma embarcação com 250 imigrantes africanos virou na mesma região e 50 pessoas morreram.

Que crime cometeram esses meninos e meninas? Nos seus barcos eles não levavam o ouro da Fenicia, nem lanças e escudos, nem mesmo comida, nem seda ou veludo, a não ser a sua roupa, seus pais e suas mães, sua pobre e corajosa esperança de quem foge da guerra e da miséria.

Mas, mesmo assim, a Europa os teme. A Europa teme a cor de sua pele, o idioma em que exprimem suas idéias e suas emoções, os deuses para quem oram, seus hábitos e sua cultura, sua indigência, sua humanidade, sua fome.

Se, antes, lutavam entre si, os europeus hoje, estão unidos e coesos, no combate a um inimigo comum: o imigrante.

O imigrante de qualquer lugar do mundo, mas, principalmente, o imigrante da África Negra e do Oriente Médio.

Barcos de países mediterrâneos, como os da Grécia, Espanha e Itália, patrulham as costas do sul do continente. Quando apanhados em alto mar, em embarcações frágeis e improvisadas, por sua conta e risco, mais náufragos que navegantes, os imigrantes são devolvidos aos países de origem.

Antes, a imigração era, principalmente, econômica. 

Agora, a ela se somam as guerras e os deslocamentos forçados. São milhões de pessoas, tentando fugir de um continente devastado por conflitos hipocritamente iniciados por iniciativa e incentivo da própria Europa e dos Estados Unidos.

O Brasil está fazendo sua parte, abrindo nosso território para a chegada de centenas de refugiados sírios, como já o fizemos com milhares de haitianos e clandestinos escapados da África Negra que chegam a nossos portos de navio.

A Itália lançou uma operação militar “humanitária”, para acelerar o recolhimento de imigrantes que estiverem navegando em situação de risco junto às suas costas, mas irá manter sua rigorosíssima lei de veto à imigração, feita para proibir e limitar a chegada de estrangeiros.

Como a mulher, amarga e estéril, que odeia crianças, a Europa envelhece fechada em seus males e crises, consumida pela decadência e a maldição de ter cada vez menos filhos. 

Mas prefere que o futuro morra, junto com uma criança árabe, no meio do mar, a aceitar a seiva que poderia renovar seu destino.

Sepultados pela água e o sal do Mediterrâneo, recolhidos, assepticamente, nas praias italianas, ou enterrados, junto com seus pais, em cemitérios improvisados da Sicília – ao imigrante, vivo ou morto, só se toca com luvas de borracha - a meio caminho entre a miséria e o terror e um impossível futuro a eles arrebatado pela morte - os fantasmas dos meninos e meninas de Lampedusa poderiam assombrar, com sua lembrança, a consciência européia.

Se a Europa tivesse consciência."


Postado em Blog do Miro em 23/04/2015




Sobreviventes do naufrágio no Mediterrâneo chegaram à Sicília







Para envelhecer sem morrer aos poucos



Rebeca Bedone

O doutor atende seu paciente diabético em uma nova consulta. Se tem alguém que é a cara da esperança, é este senhor de idade avançada. Ele entra na sala com dificuldade, encurvado e apoiado em sua bengala, anda lentamente por causa da sequela do derrame cerebral, vira na direção do médico quando ele o chama, já que não enxerga há alguns anos, e sorri o sorriso da sua felicidade.

Certa vez, o mesmo médico se encontrou com outro idoso. Depois que o cumprimentou e perguntou como estava, o paciente respondeu “Vou levando a vida só”. Viúvo e sem parentes por perto, disse que ocupava seu tempo visitando os médicos, lendo o jornal, pagando as contas e recebendo a aposentadoria. Ia quase todos os dias à praça jogar Dama com outros aposentados solitários. Quando o doutor perguntou se ele estava triste, respondeu que não, pois já tinha realizado muita coisa boa na vida.

Fala-se que envelhecer é ir morrendo aos poucos. Conforme chega a velhice, as doenças aumentam e os músculos enfraquecem. Vai-se a memória e aparece a solidão. Doem articulações, o peito e a alma.

Rubem Alves disse: “Na velhice, o medo se vai porque não se tem mais nada a perder. A proximidade da morte nos dá um atributo dos deuses: nada de mais terrível nos pode ser feito”. Quando vemos idosos que carregam essa força dentro de si, acreditamos mesmo que envelhecer, e adquirir maturidade, nos torna mais corajosos.

Também aprendemos que mesmo as pessoas felizes têm momentos de solidão e saudades. E que os tristes também sabem encontrar a alegria. Descobrimos que manter dentro da gente algumas coisas que deixamos para trás não é sinônimo de sofrimento, como, também, pode ser uma forma de amar mais ainda aquilo que escolhemos.

“Não sei se foi a velhice que abriu os meus olhos ou se ela, a velhice, simplesmente me deu coragem para dizer o que eu sempre vira e não dissera, por medo”. Nosso poeta sabia mesmo que viver é um grande desafio. E nessa jornada estamos sempre em busca dessa coragem para mudar o que não está bom e para falar o que está preso na garganta. Atravessamos oceanos do dia a dia de tantos porquês, mas aí é que está a grande questão. Uma mudança maior só pode começar depois que mudemos por dentro. E só é possível mudar se quisermos.

Por causa de metas a cumprir e contas a pagar, muitas vezes deixamos de viver. O viver de verdade, e não só a rotina imposta e muitas vezes necessária — mas nem sempre insubstituível. Esquecemos que o tempo passa enquanto desejos e sonhos ficam sufocados. O corpo esmorece mais rápido se a alma adoecer primeiro.

Vamos! Temos muito a fazer. A vida não espera tanto assim, quando percebemos, lá se foram longos anos de dúvidas e escuridão.

Veja! Já brilhou a esperança no coração que aprendeu a falar a saudade. Nos olhos que dão valor às coisas que realmente importam. Na paz de envelhecer sem morrer aos poucos.

Ainda estou longe da velhice, comecei a descobrir o que é maturidade somente agora, e sei que ainda tenho muito que apender.

Mas acho curioso quando penso que estou mais perto dos 40 do que dos 30 anos, justamente porque não sinto que tenho essa idade. Sinto-me mais jovem do que antes. Quanto mais o tempo passa, mais coisas quero fazer. Preciso conhecer o mundo, escrever um livro, voltar a estudar piano, retomar os treinos de corrida e pintar os meus sonhos.

“A vida é boa. Longa vida é o que desejo para você e para mim.” (Rubem Alves).


Postado no Bula


Mino Carta : Lula é o maior Presidente do Brasil e Fernando Henrique é um blefe !



Dois grandes Jornalistas : Paulo Henrique Amorim e Mino Carta

Vídeo imperdível !






A opinião dos brasileiros, de acordo com as últimas pesquisas do Datafolha, de que o Presidente Lula foi o maior a ocupar o cargo é compartilhada pelo jornalista Mino Carta, da Carta Capital.

Em entrevista exclusiva a Paulo Henrique Amorim, Mino chega a lembrar de Getúlio Vargas para enaltecer o petista que governou o país por dois mandatos, de 2003 a 2010.

“O Lula fez o melhor governo do Brasil Republicano desde sempre. Já o Vargas, a meu ver, é o maior estadista brasileiro, pois ele teve um projeto de Brasil, de estadista”, disse o diretor de redação da Carta Capital na última segunda-feira (20).

“O projeto do Lula se dá em outro momento, evidentemente. Ele teve a felicidade de durar os oito anos e conseguiu tirar da miséria 30 milhões de brasileiros”, continuou Mino.

Nascido na Itália e no Brasil desde 1946, o jornalista que fundou, além da Carta, as revistas Quatro Rodas, Veja e criou o Jornal da Tarde, definiu o PT como um partido igual aos outros após chegar ao poder e lembrou a trajetória do partido idealizado por Lula, em plena ditadura militar, quando fez uma entrevista com o então metalúrgico para a IstoÉ, em fevereiro de 1978.

“O PT nasceu em circunstancias favoráveis à criação de um partido de esquerda. Na época das greves que tentavam apagar o peleguismo. Foi uma ideia de Lula criar um partido dos trabalhadores. O PT conseguiu criar uma ideia de partido autentico, de fato. E a ideia inicial do partido foi cumprida. Mas, eleito o Lula, com o PT no poder, ele passou a se comportar como todos os outros”, opinou.

Ao falar da trajetória de Lula, Mino o comparou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“O Fernando Henrique é um blefe total, um inativo, mistificador, que ganhou uma fama imerecida. Ninguém nunca leu um livro do FHC. A única coisa que alguém registra como importante na vida dele não é obra dele, que é a Teoria da Dependência, que ele confirmou na prática”, declarou Carta ao Conversa Afiada.

Na entrevista, Mino ainda discorreu sobre o Governo Dilma, o Brasil da Casa Grande e Senzala e Daniel Dantas, quem chama de “o dono do Brasil”. Sobre o tema, o entrevistado revela bastidores da Operação Satiagraha e da prisão de Dantas em 2005, que contou com pressões de políticos, e o recebimento de um telefonema do ministro da Justiça à época, Tarso Genro.

Abaixo, outros trechos da entrevista:

O Brasil da Casa Grande e Senzala:

O Lula tirou 30 milhões ou mais da senzala.

Estar na senzala não é só uma questão material.

Ao tirá-los de lá, não lhes entregou a consciência da cidadania. Eles são mentalmente escravos.

O povo brasileiro é de uma infantilidade dolorosa e despido de consciência política.

Não tem noção de seu poder. É de uma covardia avassaladora.

Governo Dilma:

Nós [Carta Capital] apoiamos a Dilma, mas acho que o Lula escolheu mal. 

Não tenho duvida quanto a boa fé e a retidão da Dilma.

Mas o Governo da Dilma foi um desastre.

Em primeiro lugar, ela não soube se cercar das pessoas que poderiam ajudá-la a governar.

O José Eduardo Cardozo [ministro da Justiça] é um cretino. Isso é um desastre ferroviário para não dizer aéreo.

O Belluzzo e o Delfim Neto choram até hoje por terem aprovado o Mercadante [ministro da Casa Civil] na Universidade de Campinas

Daniel Dantas:

Ele manda no país. 

Ele está por trás de tudo. Pegue qualquer operação policial, inclusive as que não ocorreram.

A maior bandalheiras dos últimos tempos foi a Privataria Tucana e por trás de tudo estava o Dantas.

Os últimos 20 anos da história do Brasil têm o Dantas como protagonista.

Gilmar Mendes:

É uma das razões pela qual gostaria de ir embora.

Ele é a demonstração de Justiça em um país da Casa Grande e Senzala.

Ele trabalha para a Casa Grande.


Postado no Conversa Afiada em 23/04/2015


Igor Fuser: 'A Globo é o principal agente da imbecilização da sociedade brasileira'


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Jornalista e Professor Igor Fuser


Brasil - Diário Liberdade - A Rede Globo de Televisão está completando 50 anos de existência em abril de 2015. 


Este instrumento de manipulação da burguesia opera como o principal agente da imbecilização da sociedade brasileira no plano cultural, na opinião de Igor Fuser, jornalista e professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC).

Em depoimento para o Diário Liberdade, ele afirma que o papel da Globo "é sempre o de anestesiar as consciências, bloquear qualquer tipo de reflexão crítica".

Para acabar com esse monopólio da mídia, Fuser acredita que é preciso uma verdadeira democratização das comunicações no Brasil, que "passa, necessariamente, pela adoção de medidas contra a Rede Globo".

Confira a seguir o depoimento do jornalista e professor Igor Fuser, sobre o papel histórico da Globo, na política, na cultura e nas suas coberturas jornalísticas.

A Rede Globo é o aparelho ideológico mais eficiente que as classes dominantes já construíram no Brasil desde o início do século XX. Substitui perfeitamente a Igreja Católica como instrumento de controle das mentes e do comportamento.

A Globo esteve ao lado de todos os governos de direita, desde o regime militar – no qual se transformou no gigante que é hoje – até Fernando Henrique Cardoso. 

Serviu caninamente à ditadura, demonizando as forças de esquerda e endossando o discurso ufanista do tipo "Brasil Ame-o ou Deixe-o" e as versões sabidamente falsas sobre a morte de combatentes da resistência assassinados na tortura e apresentados como caídos em tiroteios. 

Mais tarde, após o fim da ditadura, alinhou-se no apoio à implantação do neoliberalismo, apresentado como a única forma possível de organizar a economia e a sociedade.

No plano cultural, é impossível medir o imenso prejuízo causado pela Rede Globo, que opera como o principal agente da imbecilização da sociedade brasileira. Começando pelas novelas, seguindo pelos reality shows, pelos programas de auditório, o papel da Globo é sempre o de anestesiar as consciências, bloquear qualquer tipo de reflexão crítica.

A Globo impôs um português brasileiro "standard", que anula o que as culturas regionais têm de mais importante – o sotaque local, a maneira específica de falar de cada região.

Pratica ativamente o racismo, ao destinar aos personagens da raça negra papéis secundários e subalternos nas novelas em que os heróis e heroínas são sempre brancos. 

Os personagens brancos são os únicos que têm personalidade própria, psicologia complexa, os únicos capazes de despertar empatia dos telespectadores, enquanto os negros se limitam a funções de apoio. Aliás, são os únicos que aparecem em cena trabalhando, em qualquer novela, os únicos que se dedicam a labores manuais.

A postura racista da Globo não poupa nem sequer as crianças, induzidas, há várias gerações, a valorizar a pele branca e os cabelos loiros como o padrão superior de beleza, a partir de programas como o da Xuxa.

O jornalismo da Globo contraria os padrões básicos da ética, ao negar o direito ao contraditório. 

Só a versão ou ponto de vista do interesse da empresa é que é veiculado. Ocorre nos programas jornalísticos da Globo a manipulação constante dos fatos. 

As greves, por exemplo, são apresentadas sempre do ponto de vista dos patrões, ou seja, como transtorno ou bagunça, sem que os trabalhadores tenham direito à voz. 

Os movimentos sociais são caluniados e a violência policial raramente aparece. Ao contrário, procura-se sempre disseminar na sociedade um clima de medo, com uma abordagem exagerada e sensacionalista das questões de segurança pública, a fim de favorecer as falsas soluções de caráter violento e os atores políticos que as defendem.

No plano da política, a Rede Globo tem adotado perante os governos petistas uma conduta de sabotagem permanente, omitindo todos os fatos que possam apresentar uma visão positiva da administração federal, ao mesmo tempo em que as notícias de corrupção são apresentadas, muitas vezes sem a sustentação em provas e evidências, de forma escandalosa, em uma postura de constante denuncismo.

A Globo pratica o monopólio dos meios de comunicação, ao controlar simultaneamente as principais emissoras de TV e rádio em todos os Estados brasileiros juntamente com uma rede de jornais, revistas, emissoras de TV a cabo e portais na internet.

Uma verdadeira democratização das comunicações no Brasil passa, necessariamente, pela adoção de medidas contra a Rede Globo, para que o monopólio seja desmontado e que a sua programação tenha de se submeter a critérios pautados pela ética jornalística, pelo respeito aos direitos humanos e pelo interesse público.


Postado no Contraponto em 21/04/2015
















Além do Cidadão Kane é um documentário produzido pela BBC de Londres - proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial - que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro.





Coisas que você pode fazer hoje pelo bem do seu futuro



Stephanie Gomes

Viver o presente é, definitivamente, a lição mais importante a aprender quando o assunto é felicidade. Porém, ao contrário do que pode parecer, estar no presente não significa ignorar o futuro e esquecer o passado. Em nossas lembranças estão todas as coisas que aprendemos, conquistamos e vivemos, e em nossos pensamentos sobre o futuro estão nossos sonhos, planos e objetivos. Tudo isso é importante para a felicidade e formam uma coisa só: você!

Por isso que, quando falamos em futuro, não estamos excluindo o presente. E o mesmo vale para o passado. O que você planta hoje, você começa a colher hoje mesmo. Quando conquista algo grande após muito tempo trabalhando por isso, não é porque você plantou isso num passado distante, e sim porque vem semeando desde então. O dia da conquista nada mais é do que mais um dia da sua batalha.

O título do post fala sobre coisas que você pode fazer hoje pelo bem do seu futuro, mas, na verdade, tudo o que você faz de bom hoje é também pelo bem de hoje! Toda essa lista é tão importante para a felicidade no presente quanto no futuro. O “bônus” de tudo isso é a certeza de colher bons frutos lá na frente, por isso são ações que valem muito a pena praticar.

1) Aprender, aprender e aprender!

Habilidades, cultura e conhecimento nunca são demais. Aprenda a gostar de aprender buscando coisas que te interessam e formas legais de aprendê-las, sem obrigações e pressa. Eu sou o tipo de pessoa que se interessa por vários assuntos e estou sempre descobrindo interesses novos. Nem sempre eles parecem proporcionar aprendizados úteis, mas na verdade tudo o que você aprende, experimenta, lê sobre e procura saber acrescenta algo no seu repertório. Por exemplo: se você ama cozinhar, aprender sobre culinária saudável é muito proveitoso. Se gosta de algum tipo de arte, tem muito a aprender sobre a sua história e pode aprender a praticar, adquirindo habilidades. Se se interessa por comportamento, vai adorar aprender sobre psicologia. Se acha interessante a cultura de um país, pode tentar aprender seu idioma. E por aí vai.

2) Adquirir independência

Sabe aquelas coisas que você sempre depende que alguém faça por você? Dirigir, cozinhar, interpretar mapas, consertar coisas… por que você mesmo não aprende a fazer isso? Provavelmente não aprendeu até agora justamente porque tinha alguém que fizesse no seu lugar. Pode parecer que isso não faz diferença, mas faz! E independência não se trata só de tarefas. É importante adquirir independência emocional, financeira, saber ser feliz quando está sozinho… Para conseguir isso, uma palavra é o que você precisa: atitude. Comece hoje a atuar em sua vida buscando autonomia e iniciativa e fuja da dependência.

3) Cuidar da sua saúde mental 

Corpo são e mente sã. Se tem algo que aprendi na vida e gostaria de compartilhar com todo mundo é a importância dessa união. Se a mente não está bem, pode ter certeza que de alguma forma isso afeta o seu organismo. Se você cuida bem da saúde da sua mente, viverá bem hoje e colherá o melhor daqui alguns anos. Evitar o stress, buscar ajuda para tratar a ansiedade e a depressão, respeitar a si mesmo, aprender a relaxar, manter o equilíbrio entre obrigações, lazer e descanso, alimentar pensamentos e atitudes positivas… tudo isso faz uma grande diferença tanto hoje como no futuro.

4) Cuidar da saúde do corpo

Somos indivíduos imediatistas, o que quer dizer que nos preocupamos pouco com consequências de um futuro distante e nos importamos apenas com aquilo que sabemos que pode ou irá acontecer num futuro próximo. “Por que me preocupar com a minha alimentação se só tenho 20 e tantos anos? Sou tão nova!”. Eu já pensei assim e só mudei depois de passar por um problema complicado de saúde. Mas quem nunca passou por algo parecido geralmente não se importa e acha que só precisa pensar nisso lá na frente. Grande engano, por dois motivos: 1) a forma como você se cuida hoje vai impactar fortemente a sua saúde no futuro e pode complicar muito a sua vida aos 40, 50, 60, 70 anos, e 2) nem sempre as consequências aparecem somente no futuro, elas podem surgir também aos 20 ou 30 anos. Seu corpo é sua casa, cuide bem dele! E você não precisa sofrer para isso. Descubra uma atividade física que você goste (ou escolha várias e vá variando) e inclua alimentos saudáveis na sua atual rotina. Não complique e encontre prazer em cuidar de você.

5) Observar suas atitudes e dar-se a chance de mudá-las

Se você é do tipo “personalidade forte” e “não dá o braço a torcer” talvez esteja desperdiçando diversas chances maravilhosas de se tornar uma pessoa melhor e até ser mais feliz. Que tal tentar ser um pouco mais flexível e se perguntar em que poderia melhorar? Ninguém é e ninguém nunca será perfeito, é justamente por isso que você deveria estar mais aberto a mudanças internas. Há sempre algo a melhorar! Você não precisa mudar seu jeito de ser, mas pense em quais pequenas atitudes podem fazer de você uma pessoa melhor, melhorar o seu dia a dia e a sua relação com o mundo e as pessoas ao redor. Em um futuro próximo você já perceberá grandes mudanças. E quanto mais disposto a melhorar você estiver, melhor seu futuro será.

6) Construir boas lembranças

Construir lembranças é bom para o passado, o presente e o futuro. Nada mais gratificante do que olhar para trás com a certeza e o sentimento de paz por ter certeza de estar fazendo sua vida valer a pena. E não há melhor forma de ser feliz do que viver integralmente, de corpo e alma, cada momento. Lembranças não precisam ser grandiosas. Tenho alguns momentos muito especiais guardados na memória que na verdade não têm nada de extraordinário e não aconteceram em lugares incríveis, mas são lembranças que têm um lugar especial dentro de mim pelo simples fato de me fazerem feliz cada vez que penso nelas. É mais disso que quero ter na minha memória para lembrar hoje, amanhã e sempre.

7) Não desistir

A única diferença entre quem conseguiu o que queria e quem não conseguiu é que o primeiro não desistiu. Não é que a vida tem que se resumir a uma dura e cansativa batalha por objetivos atrás de objetivos, mas se você tem um sonho ou uma vontade, ninguém pode te dizer que você não pode conseguir. A única pessoa que pode interromper seus planos é você mesmo, caso opte por desistir. Grandes sonhos pedem tempo, paciência e dedicação. O que não faltam são exemplos de pessoas que perseveraram nas mais improváveis condições para provar que tudo é sim possível. Para elas, desistir não foi uma opção e pode ter certeza que elas não se arrependem disso. Se em algum momento você cansar, descanse. Mas faça um favor pelo seu futuro: não desista de ser feliz da forma que você quer.

8) Guardar dinheiro

Pode até ser que você não tenha nenhum objetivo que precise de bastante dinheiro imediatamente, mas em algum momento pode ter certeza que terá e vai agradecer muito por ter começado a economizar o quanto antes. Dinheiro não é nem deve ser visto como vilão ou problema. Ter um relacionamento saudável e são com o dinheiro é a melhor forma de não ter problemas financeiros e evitar preocupações. Guardar uma quantia do que você ganha – mesmo que seja pequena – é uma atitude inteligente pelo seu futuro.

9) Aprender a lidar com dinheiro

Comprar é muito legal e todo mundo gosta, inclusive eu. Quando comecei a trabalhar eu gastava todo o dinheiro que ganhava sem pensar muito no que estava comprando. Mas chega um determinado momento em que as prioridades mudam, os sonhos ficam maiores e a gente precisa começar a pensar antes de gastar, senão as coisas importantes acabam ficando pra trás e aquela velha desculpa “não consigo porque não tenho dinheiro” vira nosso lema de vida. Quanto antes você aprender a valorizar seu dinheiro e gastá-lo com consciência e inteligência, mais benefícios terá. Pense sempre dez, cem, mil ou quantas vezes precisar antes de gastar seu dinheiro com coisas. Descubra como fazer seu dinheiro ser investido em felicidade e crescimento pessoal. Seja forte diante dos impulsos. Quando começar a ver que está investindo em coisas que realmente são importantes, valem a pena e te fazem feliz, você nunca mais vai voltar a desperdiçá-lo.

10) Manter contato com amigos e família

O tempo vai passando, a gente vai crescendo, as tarefas aumentando e o tempo que temos para estar com as pessoas diminuindo. Se não prestarmos atenção, acabamos abandonando as pessoas e nos tornando cada vez mais solitários e distantes, e pessoas que um dia foram tão queridas e especiais acabam se tornando quase desconhecidas. Já falei aqui algumas vezes, mas repito: as pessoas são importantes. Relacionamentos são importantes para a nossa felicidade, mas é comum ignorarmos isso e só percebermos quando nos vemos totalmente sozinhos sentindo falta da presença de alguém que possamos confiar e que nos faça bem. Faça um esforço para não se afastar destas pessoas, pelo bem tanto do seu presente como do seu futuro.

11) Perdoar

Não falo apenas do perdão fácil, aquele de desculpar o vizinho pela briga por causa do barulho ou esquecer o que aquele parente falou no Natal que te fez passar vergonha. Falo principalmente do perdão mais difícil, aquele que te abala só de lembrar, que desperta sentimentos negativos em você, que faz você sentir mágoa e vontade de se vingar, aquele que você acha que nunca poderá perdoar. Mas sim, você pode. Faça isso por você, por mais difícil que seja, porque você não quer nem merece ficar carregando sentimentos ruins e mágoas a vida toda.

12) Não se conformar com aquilo que não te faz feliz

Um dos arrependimentos mais comuns das pessoas nos seus últimos anos de vida é não ter batalhado por aquilo que realmente queriam, por medo de perderem a segurança, o conforto e a estabilidade. Muita gente vive em um estado de conformidade em relação a tudo por medo, hábito ou para seguir o que a sociedade diz que é o certo. Então ficam presos em relacionamentos ruins, empregos sem propósito, rotinas entediantes… e reclamam de tudo isso a vida toda, mas nada fazem para mudar. Se este é o seu caso e você não está feliz com a vida que tem levado, comece agora a realizar a mudança. Se não te faz feliz, MUDE! Não complique, não espere, não lamente, não deixe como está, não empurre com a barriga, não ignore. Aja! Não desista de lutar pela vida que você deseja ter.


Postado no Desassossegada em 20/04/2015


Uma das delícias do Outono / Inverno 2015 : botas quentinhas !





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Camila Coelho


♔ MiLena Lola: Tendência do inverno: Botas cano longo! Aprenda a usar + dicas de looks


♔ MiLena Lola: Tendência do inverno: Botas cano longo! Aprenda a usar + dicas de looks


Fendi Fall/Winter 2014-15 Collection Close Up


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