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VÍDEO : Juiz viraliza por tratamento humano : 'não chora, dona Edna, toda vez que alguém chora eu começo a chorar também'




Juiz de Sergipe viraliza por atendimento humano em julgamento

Por Antonio Mello

Completamente diferente da juíza de Santa Catarina, que exigia ser tratada por Excelência ou não daria prosseguimento à audiência, em Sergipe o juiz Kleiton Alves Ferreira, da 9ª Vara Federal, dá um show de simplicidade, empatia e humanidade e viraliza nas redes.

Na audiência, Kleiton pergunta à lavradora dona Edna Maria se ela sabia ler e escrever e elogia a letra dela na assinatura. Encabulada, ela diz que é analfabeta e foi o advogado quem segurou a mão dela para ajudar a assinar.

Num show de empatia, o juiz levou a conversa até informar a dona Edna que o pedido dela por aposentadoria estava atendido:

Ela se emociona, ameaça chorar, quando é interrompida por ele:
"— Não chora, dona Edna, toda vez que alguém chora eu começo a chorar também."
O caso aconteceu em Propriá, no Baixo São Francisco, no dia 18 de julho, mas ganhou as redes sociais agora.

O juiz Kleiton viraliza pela forma carinhosa e simples com que trata as pessoas em audiência.








Gosto do que é simples : um abraço, um obrigado, um "se cuida"



Gosto do que é simples: um abraço, um obrigado, um “se cuida”. Me considero um fiel admirador das pessoas simples, pois para mim são as mais belas aquelas que se deixam guiar pelo senso comum, pela sua intuição e pelo coração que não conhece artifícios.

Fato curioso e também inspirador é saber que na atualidade, tanto no aspecto do desenvolvimento pessoal como no campo das grandes organizações, passou a ser moda “resgatar” o valor do simples. De fato, muitos especialistas em marketing e publicidade têm um lema que quase nunca falha: “faça-o simples e algo acontecerá“.

Antonio Machado dizia que “é próprio dos homens de mentalidade pequena investir contra tudo aquilo que não lhes cabe na cabeça”. É sem dúvida um bom exemplo para descrever as personalidades para as quais as coisas sensíveis não têm sentido. Confundem o simples com o “simplista”. A simplicidade não tem nada a ver com ser ingênuo, muito menos com ser inocente.

Na verdade, este conceito contempla um grande poder do qual quase não temos consciência.

O poder do simples, das emoções e da inteligência

Recordemos por instantes um dos anúncios com maior impacto da televisão. Estávamos no ano de 2001 e a BMW quebrou padrões com o slogan “Adoro dirigir“. Nesse anúncio, foram deixadas de lado as características físicas do produto e sua tecnologia para falar exclusivamente das sensações que a direção nos proporciona.

Bastava uma mão. Uma mão que saía pela janela, que voava e fluía enquanto se apelava à universalidade de emoções e sentimentos que todos já experimentamos com este mesmo ato tão habitual durante a infância. Não era preciso ver o automóvel, a marca já estava criada de forma magistral.

É aí que se inscreve a modo de exemplo o poder do simples. Não obstante, este anúncio foi por si só um ato de coragem por parte da agência SCPF e dos seus diretores criativos. A eles, como a qualquer outra pessoa que deseja apelar ao valor do simples, do elemental e ao poder da emoções, só podemos dizer o seguinte: Quem pratica o valor do simples é um “simplista”, alguém que não se esforça em mostrar algo mais profundo, mais sofisticado e elaborado. Se você é simples, todos serão iguais a você, você não poderá se destacar. No caso deste anúncio, o que alguns podem chegar a pensar é que é tão “simples e tem tão pouca coisa que qualquer um poderia fazer igual”.

Na realidade, quando alguém busca a simplicidade, deve estar ao lado dos melhores pensadores do mundo. Porque como disse Winston Churchill, “das complexidades intensas saem as simplicidades mais bonitas“.

A beleza da simplicidade nos atos do dia a dia

Costuma-se dizer que a vida é como uma teia de aranha. Nossas linhas se mesclam em ângulos estranhos, tomamos caminhos errados, nossos esforços não se correspondem ao que foi alcançado e, finalmente, ficamos presos a estas realidades terrivelmente complexas e sombrias.

Por que é tão difícil, então, nos deliciarmos com a simplicidade dos atos do dia a dia? Por que complicar tanto a vida? De certa forma, isso tem muito a ver com o que indicamos agora há pouco; a alma simples e o olhar humilde são dimensões que não se encaixam muito bem em uma sociedade que associa o complexo ao eficaz, e em consequência, à felicidade.

Nos vendem computadores com muitos programas, celulares com aplicativos infinitos, os salões de beleza nos oferecem inúmeros tipos de tratamentos para o cabelo, e todos os dias nos lembram que é bom ter muitos diplomas, muitos títulos, muitos amigos… A complexidade está associada à ideia de felicidade dourada, que na realidade nem sempre é verdade.

Algo que deveríamos levar em conta é que as coisas grandes acontecem quando se faz bem as pequenas, e para isso, nada melhor do que praticar a arte da simplicidade nos nossos atos do dia a dia.

Avançar com calma, sendo conscientes do que nos envolve e fazendo uso do senso comum e da intuição são sem dúvida as melhores estratégias para desfazer todos os nós dos nossos problemas mais complexos. Devemos confiar um pouco mais no nosso instinto e sermos receptivos à voz do coração.

Às vezes deixamos de lado grande parte da nossa “quota de vida” imersa em esforços infrutíferos que nos separam por completo daquilo que realmente desejamos. Por isso, lembre-se de que a complexidade não deve ser admirada, deve ser evitada, pois a arte de saber quais coisas devemos deixar de lado será o único caminho que nos permitirá encontrar aquilo que realmente merecemos.

A saber: amor, liberdade, integridade e realização pessoal.





Quem te acolhe ?



Hoje vivemos um momento de incertezas profundas. Estarei eu fazendo parte do mundo amanhã? Se sim, que mundo? Um mundo onde posso andar pelas ruas sem medo, com liberdade, ou um mundo onde até respirar é risco de morte?

Num momento de dificuldades tão severas e graves para nossa saúde física e mental, fica a pergunta: quem te acolhe?

Quem é que te escuta, te olha e enxerga os seus tormentos, suas incertezas, seus medos? Quem é que, mesmo passando por muitas dificuldades parecidas ou não com as suas, ainda tem a sensibilidade de se compadecer ao sofrimento do outro?

Cada qual de nós vive seu “inferno particular”, suas frustrações, seus desapontamentos, seus sofrimentos internos (muitas vezes mal compreendidos), seu cansaço emocional, sua cota de desequilíbrio. Nessas horas de tanta tensão emocional fica difícil enxergarmos o outro e nos dispormos a esquecer por um breve momento de nós mesmos e de nossas deficiências, e olhar para o próximo com a genuína intenção de auxiliar. O mundo é imediatista, é dinâmico, é cheio de escolhas superficiais que não trazem alegria real, muito menos satisfação, mas estamos ali, no olho do furacão, e precisamos fazer parte de tudo, não podemos perder nada, até o dia em que caímos em si e descobrimos que “fazer parte de tudo”, na verdade, não significa nada.



Olhar para o outro é fazer por ele aquilo que devemos antes fazer por nós. A rotina massacrante tem o poder de nos deixar alienados (de sentimentos, de ideias e de iniciativa). Vamos vivendo por aí um dia após o outro sem emoção, sem paixão pela vida. Vivemos como se estivéssemos indo para o abate, sem perspectivas, com um sorriso automático no rosto e de olho na grama do vizinho (que nos dá a falsa impressão de que é mais verde).

Esquecemos de nos atentarmos ao sofrimento alheio, à mão que pede pão, aos olhos que pedem atenção, às bocas que gritam por socorro.

A pergunta é: quem você acolhe? Acolher é um ato de amor por si mesmo, um ato de respeito pela vida humana. Se eu me amo e me respeito, eu consequentemente respeito meu próximo e acolho. Um abraço, uma palavra, matar o frio ou a fome, às vezes só escutar. Estamos todos carentes de ouvidos que nos ouçam.



Se eu consigo me acolher, me tratar com respeito e atenção, é mais fácil eu entender o outro. Nem sempre quem precisa de acolhimento diz. Às vezes o silêncio fala mais alto. Preste atenção ao seu redor. Talvez você possa alegrar o dia de alguém, e isso faz um bem danado ao coração. Experimente.


 Autora : Lúcia Almeida 






Quem te acolhe ?



Hoje vivemos um momento de incertezas profundas. Estarei eu fazendo parte do mundo amanhã? Se sim, que mundo? Um mundo onde posso andar pelas ruas sem medo, com liberdade, ou um mundo onde até respirar é risco de morte?

Num momento de dificuldades tão severas e graves para nossa saúde física e mental, fica a pergunta: quem te acolhe?

Quem é que te escuta, te olha e enxerga os seus tormentos, suas incertezas, seus medos? Quem é que, mesmo passando por muitas dificuldades parecidas ou não com as suas, ainda tem a sensibilidade de se compadecer ao sofrimento do outro?

Às vezes dá uma tristeza dentro do peito



Nunca tive problemas por ser sensível, nunca me senti fraco.
A sensibilidade requer uma força absurda.


Marcel Camargo

 
Tem dias em que eu acordo com medo. Algo parece em descompasso lá fora e dentro de mim. Então eu oro. Eu me lembro de tudo de bom que já tenho por perto. Então eu agradeço. Porque eu sei que Deus estará comigo, nos dias de sol e nas tempestades que virão. Fé.

Mas não é fácil. Eu leio, reflito, compreendo os momentos da vida, mas, de repente, do nada, sinto angústia, tristeza, desesperança. Talvez muito venha desse tanto que leio e penso o tempo todo. Observo bastante a vida, as pessoas, e nem sempre acabo me deparando com cenas boas. Tem muita gente puxando tapete, jogando afeto no lixo, destilando ódio gratuito, machucando os outros sem titubear.

Meu pai sempre me dizia que eu era muito sensível e é isso. Desde criança, eu abraço a sensibilidade. Minhas lágrimas são fáceis. Deslizam por gente, por bicho, pelo sofrimento que é meu e pelo que não é. Nunca tive problemas com isso, nunca me senti fraco. A sensibilidade requer uma força absurda. Requer sair de si mesmo, entender a dor que não é sua, perceber os próprios erros. E isso não é para qualquer um.

Sempre tive bichos. A primeira morte que me doeu e avassalou foi a de meu pinscher Pimpolho. Eu tinha dez anos e me lembro de mergulhar na dor de uma maneira nada infantil. Eu ouvia música e me lembrava dele. Eu subia no quintal e me lembrava dele. E chorava. Daí meu pai trazia outro cachorrinho, sempre que um morria, de tanto que eu sofria. Desde criança, nunca fugi do sofrimento.

Isso não quer dizer que devemos buscar a tristeza, mas aceitar que ela será nossa companheira inevitável, em muitos momentos de nossa vida. O que importa é a forma como lidaremos com isso. Eu sempre deixei o sofrimento entrar, mas com tempo de estada marcado. Ele sempre teve que sair, nem que na marra. Eu não luto contra a dor, mas também não permito que ela encoste por muito tempo. E acho que isso tem me ajudado a não ser tomado pela tristeza de forma contínua.

Sempre tem alguma coisa que poderá nos ajudar a enxergar essa luz que brilha aqui dentro. Sempre tem o que e quem nos salva. Eu toco piano, leio, escrevo. Terapias. Eu tenho minha família. Amor. Eu sei o quanto eu lutei para chegar onde estou, quase inteiro. História. Tudo isso vai me reerguendo, quando vem a vida e me derruba, quando vem a angústia e me escureço. A gente precisa saber com certeza quais e quem são nossas pílulas de força e de perseverança. Quais são os motivos para que a gente continue. Isso salva.

A vida é assim, um sobe e desce contínuo, uma saraivada de golpes de dureza e de ternura. E eu sempre faço questão de sorver as lembranças ternas, as memórias afetivas, as canções, os livros, os filmes, as festas, os retornos, os abraços, as curas, a esperança, para que fiquem em mim, prontas para me ajudar a combater a dor e a tristeza, quando elas teimarem em me acompanhar. Preencher-me de amor, o máximo que puder. É assim que eu continuo.









Às vezes dá uma tristeza dentro do peito



Nunca tive problemas por ser sensível, nunca me senti fraco.
A sensibilidade requer uma força absurda.


Marcel Camargo

 
Tem dias em que eu acordo com medo. Algo parece em descompasso lá fora e dentro de mim. Então eu oro. Eu me lembro de tudo de bom que já tenho por perto. Então eu agradeço. Porque eu sei que Deus estará comigo, nos dias de sol e nas tempestades que virão. Fé.

Mas não é fácil. Eu leio, reflito, compreendo os momentos da vida, mas, de repente, do nada, sinto angústia, tristeza, desesperança. Talvez muito venha desse tanto que leio e penso o tempo todo. Observo bastante a vida, as pessoas, e nem sempre acabo me deparando com cenas boas. Tem muita gente puxando tapete, jogando afeto no lixo, destilando ódio gratuito, machucando os outros sem titubear.

7 motivos pelos quais ser altamente sensível é um dom



Certamente você sabe, assim como eu, que ser uma pessoa altamente sensível ou PAS tem seus prós e contras. É hora de mudar a eterna visão que geralmente temos de que a sensibilidade não é algo bom na hora de administrar as nossas experiências.

Precisamos entender que ser sensível só quer dizer que você está conectado de uma forma muito mais ativa e produtiva consigo mesmo.

Se você continua pensando que depois de toda uma vida percebendo até o mínimo detalhe, isso não é algo positivo, eu gostaria de convidá-lo a ler estes 7 motivos pelos quais ser altamente sensível é um presente.

“A verdade é para o sábio; a beleza, para o coração sensível.”
- Friedrich Schiller -

Porque faz com que você seja mais honesto/a

Ser altamente sensível o empurra a ser mais coerente com aquilo que sente por dentro, caso contrário você fica preso emocionalmente. Isso quer dizer que compartilhamos facilmente aquilo que sentimos, demonstrando por cada poro da nossa pele a emoção que estamos desfrutando, por muito positiva ou negativa que possa ser.



Nos permitimos ser autênticos e sermos o que verdadeiramente somos, sem rodeios ou bloqueios. Muitas pessoas poderão pensar que esta forma de perceber a vida denota certa estridência, mas na realidade o que vale é o que o seu coração sente. Aquilo que os outros jamais poderão calar. E quanto mais forte for, mais fará com que você seja livre para viver como quiser.

A intensidade reina nas suas emoções

Quando você sente a dor do outro, a intensidade se converte na melhor amiga das suas emoções: o amor, a dor, a decepção e a alegria.

A sociedade nos faz perceber a intensidade como algo ruim, já que se não soubermos gerenciá-la podemos perder o controle e não conseguir fazer nada do que desejamos ou precisamos.

Mas, é aí que eu me pergunto: O que há de errado em não deixar nada pendente na sua vida? Aprenda a gerir a sua intensidade em cada emoção, em cada palavra, em cada momento da sua vida e então a sua existência será incrivelmente maravilhosa.

Você se conecta com a vida 

Para mim, um dos imensos dons que envolvem ser uma pessoa altamente sensível ou PAS é que você se conecta com a vida. Os seus dias, absolutamente todos, têm um sentido enorme. Tudo vale, porque tudo tem um porquê. Ser assim lhe permite ver a magia de tudo ao seu redor e compreender por que você é quem é. Permite compreender o porquê da sua pessoa e daquelas que você ama.

As ações deixam de ser algo comum, estereotipado. Você aceita que a vida está fluindo, que as coisas mudam, que você aprecia o que sente e desfruta. E sobretudo você se permite “deixar levar” e, portanto, ser livre. Livre para ter a consciência de que tudo, absolutamente tudo tem o seu porquê.

Seu coração brilha para você e para quem você ama

Ser sensível lhe faz sentir qualquer emoção a um nível imensamente excepcional. Por isso, a sua empatia se desenvolve a níveis inesperados, fazendo com que você seja muito mais compassivo se decidir usar esse dom positivamente.

Você pode tornar sua qualquer sensação alheia, porque a vida lhe entrega a missão de escutar e ajudar incondicionalmente. Você aprende que está autorizado a dizer não, mas sempre irá adorar oferecer a sua ajuda àquela pessoa que merece seu amor incondicional e seu coração de ouro.


Sua intuição é como uma estrela cadente

Você tem um nível de sensibilidade tão alto que pode se permitir sentir mais além do que o estabelecido. Saiba que quando você flui e ignora as coisas mais fúteis, a sua intuição desperta de uma forma sobrenatural. E você a converte em uma ferramenta potente para se sentir pleno e feliz.

Você se permite pressentir situações e sentimentos, tanto seus quanto dos outros. Desta forma, você gere o seu próprio EU, a sua essência e, o mais importante, seu amor por si mesmo e pela vida por aqueles que você ama. Você permite-lhes uma ajuda eficaz inconscientemente, algo que amplia seu coração e lhe faz uma pessoa ainda melhor.

Você sabe se relacionar com os outros 

Contarei para você o que está acontecendo atualmente comigo e com o meu parceiro. Acontece que quando você é uma pessoa altamente sensível, você percebe os pequenos brilhos das pessoas com quem está se relacionando, como se se tratasse de um mapa do tesouro. Esses brilhos o guiam até onde se encontra o verdadeiro potencial dessa pessoa, suas necessidades, segredos inconfessáveis…

Você é alguém muito perspicaz, o que lhe permite saber muito mais e adiantar o que as outras pessoas querem de forma muito mais intensa do que o habitual. Tudo isso lhe permite criar vínculos inconscientes cheios de intensidade com seus entes queridos e com o meio ambiente.

Ser altamente sensível constitui a sua verdadeira essência

Haverá muitas pessoas que não irão entendê-lo, algumas poderão até desencorajá-lo em uma tentativa de subestimar o fato de que ser sensível implica algo maravilhosamente bom.

Lembre-se de que quando algo nos dá medo, nós seres humanos temos uma tendência a subestimar e rejeitar isso diretamente, sem pararmos para pensar se isso pode ou não ajudar a pessoa em questão.


Provavelmente, como aconteceu na minha vida, você já se sentiu incompreendido milhões de vezes ou sentiu que “algo não ia bem” na sua vida. Espero que com estes 7 motivos você compreenda o imenso potencial e dom vital que você pode e tem direito a desfrutar como o ser humano que é.

“A sensibilidade constitui o próprio egoísmo do eu. Trata-se do senciente e não do sentido. O homem como medida de todas as coisas — isto é, não medido por nada —, que compara todas as coisas, é incomparável; ele se afirma no sentir da sensação.”
- Emmanuel Lévinas -



Sensibilidade é fraqueza ?





Ser sensível ≠ ser fraco

Stephanie Gomes


O que é ser sensível?

Pessoas sensíveis geralmente apresentam algumas emoções e reações como:

  • se emocionar e chorar facilmente
  • perceber o que o outro está sentindo sem ele precisar dizer nada
  • sentir intensamente uma emoção diante de algo que outras pessoas não parecem dar tanta importância
  • absorver as energias alheias, sejam elas boas ou ruins
  • se sentir fortemente afetado por aquilo que vê, ouve ou assiste
  • se sentir profundamente afetado pelo humor das pessoas à sua volta
  • perceber facilmente coisas que pessoas mais distraídas não conseguem notar
  • sentir e ser afetado pela energia do ambiente em que está
  • ter reações sentimentais intensas em situações incômodas ou indesejadas (nem sempre demonstradas)
  • sentir desconfortos quase insuportáveis em certas situações

Você se considera uma pessoa muito sensível? Se identifica com alguns dos “sintomas” acima? Acha que a sensibilidade muitas vezes é um problema e gostaria de não ser assim? Então vamos falar sobre esse assunto.

Desde que li o livro O lado sombrio dos buscadores da luz eu aprendi a sempre procurar enxergar tudo de forma dual, ou seja, vendo tanto o lado bom como o lado ruim das coisas. E isso me lembrou que por muito tempo eu acreditei que ser uma pessoa muito sensível era totalmente ruim, e que o ideal era eu ser mais fria, menos “chorona”, mais “dura”. 

Muitas vezes ouvi dizer que pra gente “se dar bem na vida” tem que aprender a controlar a sensibilidade e procurar agir mais com a razão do que com a emoção.

Até tentei ser assim algumas vezes, mas isso não era eu, então não consegui sustentar por muito tempo. Comecei então a procurar o lado positivo de ser altamente sensível. E encontrei.

Eu detesto quando tenho vontade de falar algo que está entalado na minha garganta e as lágrimas saem mais rápido que a minha voz. Mas eu talvez não conseguiria dar voz a tudo o que escrevo e falo aqui no blog se não tivesse esse grau elevado de sensibilidade.

Sei que não é legal quando queremos fingir que estamos bem e o nosso corpo nos entrega, mas a sensibilidade que te causa isso é também o motivo de você ser capaz de ajudar um amigo a passar por um momento difícil.

Sei que muitas vezes é incômodo sentir uma saudade tão forte que chega a doer, mas você trocaria essa sua capacidade de amar e viver tão intensamente por um coração gelado que não se envolve com nada?

Para nós, é pelo menos vinte vezes mais difícil conviver com pessoas grosseiras, mal humoradas e negativas, mas nossa sensibilidade é o que nos permite perceber que não queremos ser assim, porque isso não é bom. Nosso lado sensível sofre, mas é a força da nossa sensibilidade [que] nos impede de nos transformarmos em pessoas frias e egoístas, apesar de quase sempre sermos incentivados a isso.

Pare e pense: quantas coisas boas a sua sensibilidade já te levou a fazer? Como você pode continuar usando essa sua capacidade de sentir para fazer o bem, tanto para os outros como para si?

É bem provável que responder a essas perguntas não vá te impedir de viver os desprazeres da sensibilidade, mas você vai perceber que o lado positivo de ser sensível é muito maior do que podia imaginar. E que pode usar essa característica para coisas incríveis e muito positivas.

Use sua sensibilidade para defender aquilo que você acredita. Use-a para olhar para as suas emoções e compreendê-las. Desenvolva a habilidade de criar coisas boas com sentimento. Ajude quando sentir que deve ajudar. Preste atenção em seu coração quando ele falar mais alto que a razão. Olhe para os seus erros e aprenda com eles. Transforme aquilo que te incomoda em força para mudar.

Sensibilidade não é fraqueza. Ser sensível é ter nas mãos um superpoder!

Tenho certeza de que não teria escrito quase 300 textos com reflexões sobre autoconhecimento e desenvolvimento pessoal nos últimos três anos se eu não fosse a pessoa extremamente sensível que sou. E tenho certeza que muitas das coisas boas que você já fez também estão relacionadas à sua capacidade de sentir intensamente.

Se você também é uma pessoa sensível, nunca se esqueça:

1) Sensibilidade NÃO é fraqueza. Muito pelo contrário: é uma força. Toda essa intensidade que existe dentro de você é um terreno fértil para desenvolver coisas lindas como a criatividade, a empatia, a compaixão, a observação, a reflexão e a capacidade de gerar mudanças positivas.

2) Assim como qualquer outra característica que uma pessoa pode ter, a sensibilidade tem seus lados bons e ruins. Enxergue o lado positivo de ser sensível e use isso de alguma forma que seja boa para você. Não ignore o lado negativo, porém não o exalte tanto a ponto de se esquecer que você tem um superpoder nas mãos.



Postado em Desassossegada em 20/09/2016