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Os avós : um tesouro que beneficia a todos



Você já parou para pensar no peso que os avós têm em muitas famílias? São figuras que sabemos que estarão sempre lá, e a verdade é que a ajuda que prestam é inigualável. Por este lado, os benefícios que trazem para os netos e pais vão muito além do que somos capazes de reconhecer.

Na verdade, seu papel não é fundamental apenas na família. Como sociedade, também somos beneficiados pela participação dos avós e pelos vínculos que são criados e fomentados graças a eles… Neste artigo nos aprofundaremos em tudo que os avós podem nos trazer.
“Todo mundo precisa ter acesso a avós e netos para ser um ser humano completo”.
– Margaret Mead –
Benefícios psicológicos dos avós para os pais

Há pouco tempo, o normal era que o pai se dedicasse ao trabalho fora de casa e a mãe a tudo o que estava relacionado com as tarefas de casa. Felizmente, hoje em dia esses papéis mudaram, de forma que tanto papais quanto mamães estão imersos no mundo de trabalho e também no doméstico.

O caso é que, devido a isso, é muito difícil que a soma do tempo que os dois dedicam possa se equiparar à quantidade de tempo que antes as mães dedicavam. Nestas circunstâncias, muitos avós ajudam e ficam com os netos naqueles momentos em que nenhum dos pais está disponível. Além disso, estes ficam tranquilos, já que seus filhos dificilmente poderiam estar em melhores mãos.

Além de ser um apoio de confiança para os pais, também podem dar conselhos vindos da experiência, especialmente quando surgem dúvidas na educação dos filhos, e ter empatia nas dificuldades do dia a dia. Por último, não podemos esquecer o valioso papel de mediadores naqueles conflitos que podem surgir no ambiente familiar.
“Os avós, assim como os heróis, são tão necessários para o crescimento das crianças quanto as vitaminas”.
– Joyce Allston –
Benefícios psicológicos dos avós para os netos

Como netos, os que puderam desfrutar de sua companhia são conscientes da impressão que deixam. Esta não é apenas nossa sensação subjetiva, e sim fatos que têm um respaldo objetivo. Por um lado, os avós não têm que ser tão rígidos com as normas e os limites como os pais, por isso o tempo que passam com os netos se centra mais no desfrute.

Assim, quando estão com os avós, os netos recebem os dois presentes que mais valorizam e estimulam seu crescimento: atenção e tempo. Eles se sentem cômodos e ouvidos, ao mesmo tempo em que se divertem brincando com pessoas que os amam. Por outro lado, o contato com os avós fomenta valores, como o respeito e a consideração com a experiência.

Além disso, os benefícios não terminam na infância. Foi comprovado que adultos que puderam desfrutar de seus avós na infância desenvolvem habilidades sociais e emocionais de forma mais eficaz e adaptada. Isso lhes permitiu desenvolver mais e melhores vínculos afetivos e ter uma vida social mais saudável e feliz.
“Certamente uma das experiências mais satisfatórias da vida é ser neto ou ser avô”.
– Donald A. Norberg-
Benefícios psicológicos para os avós

Os netos e os pais não são os únicos a apreciar esta relação especial; os próprios avós também colhem os benefícios. Graças ao desempenho deste papel, eles se sentem úteis, valorizados e ocupados, por isso apresentam uma melhor autoestima do que outras pessoas de sua idade que não têm netos ou contato direto com eles.

Como seus netos quando estão com eles, os avós também se sentem atendidos e ouvidos nestes momentos, já que os pequenos costumam estar interessados nas histórias familiares e de juventude que eles contam. Desta maneira, os laços familiares são fortalecidos.

Mas não é só isso, as relações com os netos também provocam nos avós a motivação para aprender coisas novas e usar as novas tecnologias. Ou seja, os mantêm atualizados. Como dissemos, os avós são um bem único e muito apreciado que beneficia todos os membros da família… Aproveite a companhia deles!


 Laura Reguera
Psicóloga clínica especializada em inteligência emocional e intervenção nas emoções. Participou em congressos nacionais e internacionais, também em programas de voluntariado do Colégio Oficial de Psicologia de Madrid. Atua como psicóloga clínica em consultório particular e como professora e tutora na UNED.


 




Vovó molhando as plantinhas e Vovô ensinando pelo exemplo e sabedoria e com muito afeto e amor envolvido !


Suas atitudes dizem bem mais do que mil palavras !




Patricia Tavares

Suas atitudes dizem bem mais do que mil palavras !

Antes de sair discutindo com as pessoas sobre suas atitudes, reflita qual é o seu lugar no mundo. Como você direciona a sua vida? O que é realmente importante para você em todos os setores de sua vida? Que bandeira você realmente levanta?

Antes de qualquer coisa, reflita, sinta seu ser, veja o que realmente vale a pena defender, não fique se desgastando por qualquer coisa, além do mais quando temos um ponto de vista que se reflete em nossas escolhas mais profundas, na maioria das vezes, não precisamos discutir com ninguém, não precisamos ficar explicando nosso modo de agir e pensar, é algo que reflete em nosso dia a dia, em nossas atitudes, em nossos posicionamentos, reflete completamente em nosso comportamento, na forma como agimos.

O pensamento tem poder infinito




Ele mexe com o destino, acompanha a sua vontade.

Ao esperar o melhor,

você cria uma expectativa positiva que

detona o processo de vitória.

Ser otimista é ser perseverante,

é ter uma fé inabalável e uma certeza

sem limites de que tudo vai dar certo.

Ao nascer o sentimento de entusiasmo,

o universo aplaude tal iniciativa e conspira a seu favor,

colocando-o a serviço da humanidade.

Você é quem escreve a história de sua vida

- ao optar pelas atitudes construtivas

- você cresce como ser humano e filho dileto de DEUS.

Positivo atrai positivo.

Alegria chama alegria.

Ao exalar esse estado otimista,

nossa consciência desperta energias vitais que vão trabalhar

na direção de suas metas.

Seja incansavelmente otimista.

Faz bem para o corpo, para a mente e para a alma.

É humano e natural viver aflições,

só não é inteligente conviver com elas por muito tempo.

Seja mais paciente consigo mesmo,

saiba entender suas limitações.

Sem esforço não existe vitória.

Ao escolher com sabedoria viver sua vida com otimismo,

seu coração sorri,

seus olhos brilham

e a humanidade agradece por você existir."

(Pablo Neruda)






7 tipos de emoções tranquilas e como alcançá-las



Calma, serenidade, equilíbrio... No tecido de nossas emoções, aquelas que nos fornecem tranqulidade costumam ser as mais enriquecedoras e também as mais curadoras. São o nosso melhor antídoto contra a ansiedade. Você gostaria de saber como alcançá-las?

Um pouco de emoção no nosso dia a dia é sempre bom. Ter esse ponto de ativação certo e adequado nos permite aumentar a motivação, aumentar a capacidade de realização e aumentar a capacidade de enfrentar as dificuldades. No entanto, o verdadeiro bem-estar físico e psicológico encontra-se neste estado dominado pela calma e pelo equilíbrio.

A vida adquire maior significado e transcendência através de uma mente sossegada. Por isso, as emoções tranquilas orquestram, promovem e facilitam aquela harmonia a partir da qual a ansiedade não nos atormenta. É aquele refúgio sereno de onde olhar o mundo com uma perspectiva mais aberta, mais focada e relaxada.

Embora seja verdade que nossas mentes evoluíram para facilitar a sobrevivência e que a preocupação é o mecanismo que nos permite reagir aos perigos, tudo tem um limite. Somos aqueles seres que, quase sem saber como, acabam vendo ameaças onde não há. Antecipamos fatalidades e cada vez nos sentimos mais exaustos, mais angustiados.

E se mudarmos essa dinâmica? Que tal aprendermos novas abordagens mentais para reduzir aquela hipervigilância e estresse constante para abraçar a calma e a tranquilidade? Vamos ver como alcançar isso.
“Vá com calma, porque se você começar a levar muito a sério, elas acabam.”   - Jack Kerouac -

A mente calma se sente mais apta a estar no verdadeiro controle
de sua vida.

Tipos de emoções tranquilas e como promovê-las em sua vida

“Calma”. Só de pronunciar essa palavra algo se acende em nós. Nesta realidade muitas vezes caótica, hiperconectada e exigente, nos acostumamos a viver com excesso de barulho. Tanto externo quanto interno. Notificações, e-mails e infinitas metas a cumprir juntam-se ao peso da incerteza e do medo de não saber o que vai acontecer amanhã.

Uma mente calma não evita esses tipos de realidades. É uma abordagem psicológica que lida com a efervescência diária com melhores ferramentas. É deixar de sentir que está andando na corda bamba, perceber que está usando um bastão, que avança com mais segurança sem o peso excessivo da ansiedade, daquelas preocupações que nos fazem tremer e aumentam o risco de queda.

Uma maneira de alcançar essa calma interior é por meio de um tipo muito específico de estado mental. As emoções tranquilas são aquelas que os especialistas definem como “de baixa energia”, que proporcionam calma física e mental. São também elas que nos distanciam da turbulência da angústia. Assim, um estudo da Universidade de Michigan, por exemplo, destaca algo importante.

Emoções com valência positiva ampliam e aprimoram nossos repertórios cognitivos e comportamentais. Assim, no caso de atingir esse ponto ideal de serenidade interna, os pensamentos acelerados e a reatividade física seriam reduzidos para nos permitir ter maior controle sobre nós mesmos e sobre o que nos rodeia. Aqui estão alguns exemplos desse tipo de estado.
Tenha em mente o seguinte mantra para o seu dia a dia: “Eu expiro a tensão, o medo e a preocupação, e inspiro o ar calmo e curador”.
1. Serenidade, aceitar o que você não pode controlar

A serenidade é um estado emocional poderoso. Essa sensação nos dá quietude, satisfação e conexão. A pessoa que age com serenidade é aquela que vê as coisas com maior clareza, aceitação e calma, sabendo o que quer. É exatamente o oposto de uma mente ansiosa e acelerada e o melhor antídoto para o medo da incerteza.

A maneira de alcançar essa emoção é através do autoconhecimento e do autocontrole. Quando você souber quem você é, quais são seus objetivos e assumir que nem tudo está sob seu controle, você alcançará a serenidade adequada.

2. Elevação emocional, quando você aprecia a beleza da vida

Entre as emoções tranquilas mais importantes está o conceito de elevação. Embora seja verdade que tem uma componente que se integra no espiritual, não deixa de definir uma experiência que todos podemos alcançar. Define aquele sentimento em que algo gera uma combinação mágica entre admiração, fascínio e satisfação. É encontrar algo que nos dê sentido e transcendência.Para alcançar a elevação emocional, você deve buscar cenários ou práticas que o façam se sentir realizado. Você pode tocar esse sentimento assistindo a um nascer do sol no mar. Também passear, trabalhando pelos seus sonhos ou compartilhando o tempo com as pessoas que você ama.

3. Calma, mais que uma emoção, uma atitude

Ter calma, desenvolver uma visão mais calma do mundo, treinar nosso corpo para reduzir a tensão e o nervosismo. Não seria esse tipo de experiência a mais adequada para alcançar o bem-estar?

Isso mesmo, a calma emocional é acima de tudo uma atitude perante a vida, aquela que nos permite ver a nossa realidade a partir de um filtro mais relaxado, racional e ajustável.Para alcançar a calma devemos treinar o diálogo interno negativo, aquele que nos traz tempestades, ansiedade e pensamentos catastróficos. Vamos aceitar que nem tudo pode estar sob nosso controle.
"A bondade é a mais elevada e satisfatória das emoções tranquilas, aquela que deve guiar nossas vidas."
4. Alívio, o fim da angústia

O alívio é uma daquelas emoções silenciosas nas quais devemos trabalhar todos os dias. Apenas define aquele sentimento que nos abraça quando resolvemos algo que nos preocupa, que nos preocupa e ofusca o nosso equilíbrio pessoal.

Atenuar o sofrimento é uma estratégia que, em grande medida, depende das nossas capacidades. Basta saber responder às dificuldades com estratégias inovadoras e corajosas.Todos nós podemos alcançar alívio emocional por meio de estratégias adequadas de resolução de problemas. Também com técnicas para regular nossas emoções desconfortáveis, aquelas que aumentam a angústia e nos impedem de tomar boas decisões.

5. Confiança, uma emoção curadora

A confiança é a emoção favorita do cérebro, aquela que permite fortalecer melhor os relacionamentos e olhar para o futuro sem medo. Pensemos que o oposto da confiança é o medo e que nesse túnel a luz mal entra. Portanto, poucos estados psicoemocionais são tão catárticos e necessários quanto este conceito.Para desenvolver a confiança emocional devemos entender que mesmo que não tenhamos controle sobre o destino e sobre as pessoas, é bom acreditar que o que elas podem nos dar será bom e enriquecedor. Estamos diante de um ato de fé, diante de uma abordagem mental que exige abertura, tranquilidade e segurança.

As emoções tranquilas são a chave para o bem-estar físico e psicológico.

6. Gratidão, a arte do reconhecimento

Entre a mais bela gama de emoções tranquilas está, sem dúvida, a capacidade de sentir gratidão. Aqueles que não se conectam com esse estado, aqueles que não experimentam essa sensação, a única coisa que percebem é um sentimento de vazio e falta. Também frustração. Porque a gratidão é a capacidade de valorizar aqueles aspectos não materialistas da vida e do ser humano capazes de nos trazer bem-estar.Quem quer treinar essa emoção deve retirar camadas de egoísmo, retirar o peso do superficial para ficar na essência das coisas. Estamos diante de um sentimento de valorização que exige, por sua vez, um adequado sistema de valores éticos.

7. Bondade, a mais elevada das emoções

A bondade é uma emoção calma, mas poderosa. A capacidade de guiar nosso comportamento pelo prisma da bondade não apenas tem impacto em nosso bem-estar, mas também pode mudar o mundo. Isso porque outras emoções igualmente brilhantes e maravilhosas estão integradas a ela, como a compaixão, a ternura e a bondade.Como ser mais bondoso? Mais uma vez, é preciso arrancar de nossos padrões todo indício de egoísmo, esse vírus que tudo adoece e contamina. Está em nossas mãos sermos mais sensíveis às realidades alheias, mais atentos às necessidades do mundo e mais proativos em facilitar a ajuda que qualquer ser requer.

Para concluir, as emoções tranquilas descritas aqui são um meio para um fim. O do bem-estar, o da harmonia social e até o da felicidade. Por que não trabalhar nelas?


Bibliografia

Fredrickson BL. The role of positive emotions in positive psychology. The broaden-and-build theory of positive emotions. Am Psychol. 2001 Mar;56(3):218-26. doi: 10.1037//0003-066x.56.3.218. PMID: 11315248; PMCID: PMC3122271.

Fredrickson, B. L. (1998). What good are positive emotions? Rev. Gen. Psychol. 2, 300–319. doi: 10.1037/1089-2680.2.3.300









Emancipação do pensamento e a liberdade integral



Patricia Tavares

Quão gratos deveríamos ficar com quem explana seu ponto de vista de forma clara, verdadeira e sem rodeios.

A verdade, a realidade dos fatos: “dos tempos”, da política, da sociedade, do mundo, e também pessoal, nem sempre é fácil de lidar, de assimilar, de elaborar uma verdade importante de ser dita e de ser ouvida, mas sempre é infinitamente melhor do que a hipocrisia: essa psicose instalada como meio de sobrevivência, articulação e um meio de manobra social, mundial, política e pessoal…

Abrir o jogo e dar opção de escolha ao outro, aos outros, é algo ético e grandioso, e de uma ordem genuína.

Cada um tem o seu direito – inegavelmente -, mas articulações, manobra de argumentações baseadas em fatos inventados, ou em partes escondidas, é algo vil e corriqueiro.

Olhar para quem tem “coragem” de assumir suas próprias verdades – de forma clara, para si mesmo e para os outros-, mesmo sabendo que pode perder aliados, colaboradores, dinheiro, amigos, amores… em comparação com quem é totalmente degradante, desonesto, podemos compreender que: quem se presta ao papel de defender ideais, projetos por meios desonestos, apenas para convencer o outro e vender o seu “peixe”, para que os outros entendam que a sua forma de ser, de viver, ou de garantir suas verdades nada verdadeiras, para convencer seja no setor público ou íntimo, caracteriza-se como algo ínfimo. É absurdo querer catequizar, principalmente, com uma cartilha que, nem de longe, funciona para o próprio, muito menos para o setor público…

Mas é claro que é preciso também definir a palavra funcionar, porque coisas completamente vis podem funcionar muito bem para uma pessoa, situação, relação, estado, país … Vai depender do tipo de organização – ou desorganização – e o que pode ser aceito por um ou por muitos. O que está intitulado como “adequado”, mas é totalmente inaceitável, e nada saudável ou construtor.

Definição da palavra funcionar:

funcionar

verbo

1.

intransitivo

exercer sua função, estar em exercício; trabalhar, servir.

2.

intransitivo

estar em atividade.

Funcionar para quê? Funcionar para quem?

É possível observar o Brasil, a sociedade, o “Ser humano”; as relações, “acordos”, “desacordos”, por um viés totalmente psicológico, da ordem dos distúrbios mais complexos que fazem a pessoa sofrer, mas não a deixam parar de funcionar… Proporcionam a sua degradação humana, contudo, não privam de funcionar a qualquer preço…

Como é preciso entender de que “verdade”, de qual “hipocrisia” estamos falando. Porque se algo que é uma articulação vil, porém funciona muito bem para se obter o que se quer; para obter a qualquer custo acordos, posições, destaques, aliados, amigos, um amor tão desejado… pode se tornar algo corriqueiro, aceitável, até bom e sinônimo de força, “inteligência”, “esperteza”. E isso, claro, desde que o mundo é mundo.

Não é fácil ser solitário, não é fácil defender pontos de vistas que são mais sensatos, que ultrapassem o ultrajante, e seguir fiel ao que se acredita, seguir leal a você em detrimento de tudo e todos que não comungam com tais formas de viver, escolher, pensar, relacionar, inserir, e seguir pertencendo a si mesmo.

Não é nada fácil não pertencer, não é fácil a solidão do pensamento, não é fácil ser incomum, não é fácil defender pontos de vistas que são particulares; é sim, um exercício de muita coragem, de certa lucidez em meio a tantas “desbaratinagens”, mesmo que cada um tenha a sua, porque se for para ser imaturo, ao menos não imite ninguém…

A construção de alguém é algo particular, nascemos e morremos sozinhos, o outro é um meio importante de experienciarmos muitas coisas diferentes, a sociedade tem muita importância na nossa própria construção e do mundo a nossa volta, mas a unicidade do próprio “ser” é o que existe de maior valor para cada um. E é fundamental atribuir total valor a quem realmente você é, basear sua vida principalmente por isso, e aperfeiçoar aspectos de sua personalidade, de tudo que o compõe para não ser pego sempre pelas “redes”, pelas “teias” do outro, de um mundo que não se importa com nada disso – ao contrário – estimula a descaracterização de si mesmo para poder roubá-lo de si mesmo, sempre que for conveniente.

Esteja atento, o processo individual é construído, é consolidado dia a dia, não se desanime diante da multidão, diante das avalanches do caminho.

Quando você já consegue ver diferente, percebendo melhor você sem deixar ser arrastado pelo convencimento apelativo e manobrista, você pode se sentir sozinho mas cada dia mais será muito mais você. E isso terá um valor inestimável e só quem conseguir sentir saberá a sensação….

A conquista é sua e de mais ninguém.









Aprenda a ouvir a sua voz interior, aprenda a acreditar no que sente



Você não precisa de opinião de ninguém; quando acredita, isso basta; quando não acredita, basta; quando desacreditar, basta.

Em diversos momentos, prefira ouvir a sua voz interior.

São muitas as situações que confundem, são muitas as pessoas que nos confundem, mas a sua voz interior está lá, pronta para falar a verdade, a realidade sobre todas as situações e pessoas, basta aquietar o seu coração, acalmar as emoções e prestar mais atenção ao que está em seu interior…

Muitas vezes, as pessoas disfarçam, mostram algo que não são, fazem você acreditar em um caminho que não é o seu caminho, então começa a se instalar uma confusão em tudo que acredita e em tudo aquilo que você vê a sua frente…

A melhor direção não será a que o outro escolhe, mas a que comunga com as suas verdades interiores, o que está de acordo com tudo aquilo que acredita.

Não basta gostar de alguém se essa pessoa obriga você a deixar de ser quem é, insistindo em levá-lo por direções opostas aos seus valores.

Na dúvida, observe como se sente em cada situação e acredite no seu interior.

Quando precisar escolher entre você e uma outra pessoa, isso já diz muito do outro e isso já define a situação em si, coloca fim em qualquer dilema: Escolha você!

Quando existe sentimento bom, quando existe qualidade de emoções, não precisará escolher entre você e o outro, isso não estará nunca em questão. Não precisará escolher entre o que acredita e o que o outro acredita, haverá uma congruência natural de situações e forma de pensar a vida, sua e do outro.

Ouça seus sentimentos, dê atenção devida às suas percepções, preste muita atenção ao que a sua intuição está dizendo a você…

Cuidado ao transformar um “Não ” que vem lá do fundo do coração em “sim”, com desculpas, com justificativas de que isso é pelo “outro”. O nosso ser cuida muito bem de nós mesmos… A gente é que não ouve, não dá importância a nossa energia interior, a nossa força, ao nossa real proteção e percepção.

Quem gosta de você, não tentará forçar você a sair da sua natureza e fazer coisas que não comungam com sua verdade interior.

Não fique querendo mostrar para os outros o que vale, ou não, na vida; tenha isso claro, principalmente para você.

O pior desacordo que pode acontecer é de você para com você mesmo.

Olhe tudo de uma outra forma e pode até ser que compreenda jeitos de ser equivocados dos outros, isso não é o problema, o problema maior é quando os equívocos dos outros retiram o seu prumo. Alguém pode estar perdido, isso não é um problema seu; passa a ser seu problema quando deixa que a perturbação do outro o atinja, de tal forma que passe a ser sua perturbação também e você se perca de quem é de verdade…

Não concorde, não faça, não aceite. Diga terminantemente “Não”, sempre que algo atentar contra a sua “ecologia pessoal”.

Você só precisa fazer coisas que ressoem com a sua energia, com aquilo que realmente faz vibrar seu coração, com aquilo que concorda de fato; para todo resto é: “não”.

E quem realmente gosta de você, respeitará os seus limites, não quererá invadi-los, ultrapassá-los. Quem gosta de você como você realmente é, irá respeitá-lo, respeitar a sua natureza e condição.

Não crie ilusões, nem antagonismos com relação a sentimentos verdadeiros.

Respeite-se, olhe seus limites com carinho, proteja-se, primeiro goste de você, Respeite todo o seu ser.

Isso é o mais importante de tudo!

Na dúvida, primeiro olhe para você. Fique com as suas opiniões, com as suas intuições… Na dúvida, opte por você!







Ultimamente, até para ser feliz tem burocracia




Prof. Marcel Camargo

Já escrevi muito sobre a felicidade, mas nunca é demais. Artigo cada vez mais raro, hoje em dia, a felicidade passou a ser uma busca constante da maioria das pessoas, tendo em vista esse contexto triste em que empacamos há alguns anos. A pandemia mexeu com o emocional de todo mundo. Em vez de união, como se esperava, a desunião se tornou a tônica desses tempos últimos. Não foi, nem está fácil para ninguém.

Quando eu era pequeno, a felicidade era mais fácil. Eu via felicidade na minha mãe, nos alimentos, nos gibis, nos meus animais. Crianças não procuram a felicidade, elas são felizes onde e com quem estiverem. A infância dura muito pouco. Eu ficava tão feliz vendo desenhos, criando enredos no quintal dos meus pais, brincando com meu amigo Rogério, dando umas voltinhas pelo saudoso mercadão. Eu comprava cem gramas de amendoim japonês na Neuzinha e já transbordava de felicidade.

Quando eu comecei a entrar na adolescência é que eu comecei a procurar mais a felicidade, porque, então, ela parou de ser constante. Crescer aumenta nosso poder de refletir e vamos deixando de lado a imaginação. Deslize. A imaginação jamais deveria sair da gente, digo aquela viagem lúdica que a criança faz, tão importante para o entendimento de si mesmo. Porque é nessa imaginação que se encontram os nossos sonhos, nossa essência. Mas crescer acaba nos colocando frente a frente com as cobranças e com o que os outros esperam de nós.

A gente vai crescendo e vai percebendo que as pessoas podem ser cruéis, que existem padrões a serem seguidos, mesmo se não tiverem nada a ver com você. A gente se enche de hormônios e não entende aquilo tudo que borbulha em nosso organismo. Começamos a enfrentar a rejeição, os interesses alheios colidindo com os nossos, os julgamentos dos colegas. Aumentam as cobranças e as matérias escolares. A concorrência, em todos os setores, aparece na nossa frente. Crescer dói.

Essa busca pela felicidade, quanto mais a gente cresce, fica mais regrada. O que era para ser de dentro passa a ter um monte de comandos externos. Abundam manuais de felicidade, em que o sentimento fica obrigatoriamente atrelado a certas regras e condições. E, se a gente não se enquadra nesses preceitos, parece que a felicidade não nos cabe mais. E a gente fica cada vez menos feliz, porque nos esquecemos de nós mesmos nesse processo de crescimento.

Daí vem a maturidade, após chuvas e trovoadas, e a gente se desobriga de seguir a maré, a gente se liberta do que vão pensar ou dizer. A gente se desapega dessa burocracia que tentam impor sobre a felicidade. Ultimamente, até para ser feliz tem burocracia. Tem que viajar, ir a restaurantes, ganhar seguidores, planejar, consumir. Eu consigo ser feliz no meu sofá, assistindo à sessão da tarde. Normalizem.









Rebuliços, contratempos, imprevistos . . .





Acontecimentos que deixam a pessoa atônita mudam completamente a vida, as rotas de todos.

No início, causam tumulto, atordoam, dificultam, e as pessoas só veem o lado ruim, as dificuldades, mas com um pouco do passar do tempo, já é possível observar as mensagens subliminares de todos os acontecimentos, das mudanças e das peripécias que a vida prega na gente.

Dificuldades em enfrentar as situações. Essa é uma das mensagens que podem surgir, pessoas que não possuem o hábito de refletir para ver em volta e repetem sempre o mesmo padrão de comportamento e talvez os repetissem até a morte.

Um acontecimento drástico impõe pensar, refletir, a qualquer custo; impõe parar, quando a pessoa não entende a necessidade de parar, de mudar o seu caminhar de forma espontânea.

Tantos ensinamentos trazem embutidos a dor, o conflito, além da desorganização de acontecimentos que são drásticos e que, de um dia para o outro, mudam a vida da pessoa completamente …

Mesmo assim, muita gente não quer enxergar, é verdade que, às vezes, nem o sofrimento transforma.

As fugas são muitas, os humanos costumam viver somente a busca de condições muito primitivas da existência. E isso é via de regra.

Poucas pessoas se transformam pelo amor, muitos ainda precisam da dor e, mesmo assim, nem sofrendo, muitas vezes, não se transformam, não alcançam o que existe de mais valoroso na sua vida.

O caos se instala e as pessoas continuam na sua infância evolutiva. Continuam egoístas, continuam com o seu orgulho e vaidade, não veem por outro ângulo, não enxergam além.

Nada fica sem resposta, mas é preciso querer entender as mensagens; na verdade, em qualquer situação, por pior que seja, existe sim uma forma de aprendizagem e evolução inclusa em todas elas; na grande maioria das vezes, a vida tentou avisar muito tempo antes do ocorrido fatídico, por diversos meios, de diversas formas para a pessoa mudar sua vida, fazer outras escolhas, mudar completamente sua vida, ir por outra estrada, mas a pessoa não muda, não altera, não quer mudar nada em sua vida e continua repetindo padrões, aí a vida vem e traz uma coisa forte, obrigando assim a uma mudança e reformulação de vida instantânea e drástica.

Nem todo o mal é um mal.

A vida apresenta várias oportunidades e cada um escolhe se aproveita ou não.

É preciso entender um pouco do que realmente possui valor, é preciso entender de energias, é preciso saber decifrar as mensagens da vida, do universo; elas vêm de todos os lados, de várias  formas. É preciso saber ouvir e compreender suas intuições. Conseguir ter sabedoria para ouvir quem nos ama.

A humildade é algo que pode se exercitar todos os dias.

Ter um olhar sereno, um olhar de amplitude frente a tudo na vida. 

Existem coisas que só são possíveis de serem decifradas com uma percepção mais aguçada, mais perspicaz, com mais amor no coração …

Olhe e veja, queira perceber mais profundamente a sua vida, tudo o que lhe acontece.

É possível transformar, alterar acontecimentos sem precisar tanto do sofrimento.

Mas quando todos os convites de melhoria são recusados, o universo traz uma transformação intensa e imediata.

Como diz o ditado popular : “Deus escreve certo por linhas tortas”

Abrangência

Discernimento

Conscientização

Evolução

Cada Ser


Ousadia

Perceber

Valor

Condução

Amadurecimento

Entendimento

Compreensão

Distantes

Destoante

Da aparência

Observação

Mais profunda

De todas as situações


Patricia Tavares





Não tem antiácido que cure palavras e ofensas indigestas




Prof. Marcel Camargo

Não é fácil envelhecer, mas é muito bom amadurecer. A idade retira colágeno de nosso organismo, mas injeta sabedoria em nossas veias. A gente vai ficando mais forte, mais paciente, menos bobo, menos trouxa. As pessoas vão perdendo o poder de nos ferir, porque os tombos da vida formam uma casca emocional na gente, capaz de filtrar com mais eficiência o que deve ficar ou não dentro da gente.

A maturidade faz a gente se olhar com mais carinho, faz a gente tentar entender como somos e os motivos que nos levam a agir de um ou de outro jeito. Costumamos ser muito exigentes com nós mesmos e isso nos faz acumular muita culpa, muito remorso, muito peso. Amadurecer alivia isso tudo, porque a gente se perdoa mais, a gente se gosta mais, a gente se liberta do que os outros dizem ou pensam. E isso é muito bom.

Com o tempo, a gente começa a dar mais valor a coisas frugais, simples. Passamos a enxergar pessoas que nem víamos antes. Temos mais memórias acumuladas, uma lista de saudades, cicatrizes e marcas fundas, por fora e por dentro. Temos a certeza de que nada se controla, nada é uma certeza além do agora. O tempo junto a quem amamos passa a ter um valor imenso, porque a ideia de finitude fica mais próxima. A gente quer mesmo é aproveitar o que e quem nos fazem bem.

E a gente para de engolir palavras, sentimentos, desejos, vontades. A gente se afasta cada vez mais daquele lugar inseguro e massacrante do medo infundado das opiniões alheias. Nosso ouvido fica mais seletivo, nosso coração também. Protegemos mais o nosso coração daquilo que possa machucá-lo e nossa habilidade do descarte fica apurada. Descartar tudo o que incomoda, na vida e aqui dentro, fica mais fácil, mais precioso, sem culpa alguma. Queremos mais é nos livrar de tudo o que emperra nosso caminhar.

Quando a gente passa mal por comer muito, tem sempre algum remédio para nos curar. Porém, quando engolimos palavras e ofensas, não há antiácido que dê jeito. Eu já sofri demais por situações pequenas e por pessoas dispensáveis. Hoje, eu observo exatamente como cada um me faz sentir. Eu já não tenho medo de perder pessoas, tenho medo é de perder tempo.




É preciso saber distinguir o que é nocivo do que é saudável




Você consegue estabelecer elos saudáveis e relações que são realmente mais abrangentes.

Não é porque a sociedade e o mundo enaltecem coisas e comportamentos que se tornam moda que essas coisas são saudáveis, boas…

Muita coisa que a maioria faz é fruto de uma insanidade e desequilíbrio coletivo.

A desarmonia individual, o desequilíbrio individual, o desamor individual, o desequilíbrio familiar, a desarmonia familiar são geradores de maiores desarmonias, maiores desamores, que são os coletivos, sociais.

Existem muitas coisas nocivas, muitas coisas destrutivas, disfarçadas de bacanas, de modismo, de divertidas…

Uma hipnose coletiva confunde muita gente, manipulação das sensações, dos prazeres efêmeros não confundem somente jovens que iniciam o processo de socialização e fazem muitas coisas para serem aceitos, mas também confundem pessoas mais experientes, que já conhecem muito da vida.

Autoafirmação, de uma forma negativa, não é uma coisa que só pode acontecer para pessoas que estão começando a se inserirem no contexto social, mas para todos aqueles que não fazem uma análise profunda dos seus atos, e também não possuem um entendimento mais
minucioso acerca de acontecimentos e pessoas.

Em grande escala, muitas pessoas são sugadas pela inversão comportamental, de valores, de sentimentos, sugados por seus próprios vazios existências, e por uma vida que não produz um sentido real sobre a própria interação vivida.

A atordoação e a insanidade viraram ponto de partida, transformaram-se em corriqueiras, aceitáveis, porque difícil é encontrar pessoas sãs, buscando o equilíbrio, tendendo a uma harmonia.

Nessa sociedade existe muita ilusão:

O justo se transformou em injusto.

O saudável, em doente.

O amor se transformou em ódio.

O desequilíbrio é chamado de equilíbrio e, porque é visto com mais frequência, está sendo chamado de “normal”…

O que era inimaginável para um comportamento infantil se tornou totalmente aceitável, corriqueiro, banal, e depois se cobram comportamentos justos e honestos aos adultos…

Honestidade tornou-se artigo de luxo. E alguém com tal comportamento, frequentemente, é considerado “bobo”.

A brincadeira entre crianças e jovens ultrapassa todo e qualquer limite, mas pais, escolas e sociedade consideram normais, aceitáveis.

A agressividade é o comum, qualquer anseio e comportamento tranquilo e sereno passa a ser considerado passividade e outras definições, como se pessoas equilibradas, que prezem por comportamento mais equilibrado, sadio, fossem permissivas, fossem pessoas que aceitassem
tudo.

A desordem impera com várias denominações e sendo cultuada, cultivada como se isso fosse uma ordem aceita e muito enfatizada.

Como esperar crianças saudáveis, emoções boas, comportamentos de solidariedade, de caridade, de amor verdadeiro por parte dessas crianças, de jovens, de adultos e de pessoas experientes?

Tudo vai se agravando e ninguém consegue dar conta de todo desmazelo, falta de ética, respeito, falta de amor, permissividade, e inversões de todas as ordens…

Depois vão à procura ensandecida de culpados, de encontrar “bodes expiatórios” para “rombos” sem fim, para as feridas, dores, e também para todos os males sociais, para os desatinos de todas as espécies, sem buscar e querer ver a raiz de todo o mal.

É preciso olhar para o que produzimos enquanto sociedade, o que é aceitável e que não é, o que é considerado “normal”, mas que não é e o que é inaceitável em qualquer época.

Dentro de casa, na família, como em grandes grupos, observar de fato o que não existe possibilidade de ser aceitável, de ser admitido, e como lidar com todos os contextos adversos, e que trazem uma ameaça à integridade física, emocional, psíquica. É importante perceber o que traz transtornos enormes para toda a ordem de cultura, sociedade, família.

Tudo o que gira em torno do amor: o afeto, o amparo, o cuidado, a proteção, o interesse verdadeiro, o olhar mais profundo para aquele a quem amamos, “o não fazer ao outro o que não queremos para nós”, a humildade… Nunca estarão fora de moda, nunca terão seus antagonistas como melhores do que seu próprio significado e atuação.

O amor é amor e sempre será, não é possível substituí-lo e nem querer convencer uma massa que ele é qualquer outra coisa, pois o amor só produz uma emoção: a de paz. O amor jamais poderá ser ódio, raiva, guerra e conflito. Isso é um fato. E não existem derivados. Ou é ou não é amor. Não existe meio termo.

O equilíbrio é o cultivo diário por autoconhecimento, por domar as más tendências que todos os indivíduos possuem, o equilíbrio traz uma sensação boa de ventura, e não de desventura, traz um bom-senso, uma alegria interior e traz harmonia com todas as condições do nosso ser. Quando estamos em equilíbrio, o nosso interior se acalma e existe um contentamento interior maior.

Não é porque, aparentemente, o mal impera, que o bem se extinguiu.

É preciso escolher entre coisas nocivas e destrutivas, escolher as coisas realmente boas e saudáveis, mas, antes de tudo, é preciso educar os sentimentos, equilibrar emoções, ver o que realmente é melhor em meio a tantas coisas ruins, destrutivas e avassaladoras. Antes de saber escolher, primeiro você precisa saber distinguir entre o que faz bem e o que faz mal, entre o saudável e o nocivo…





É preciso saber distinguir o que é nocivo do que é saudável




Você consegue estabelecer elos saudáveis e relações que são realmente mais abrangentes.

Não é porque a sociedade e o mundo enaltecem coisas e comportamentos que se tornam moda que essas coisas são saudáveis, boas…

Muita coisa que a maioria faz é fruto de uma insanidade e desequilíbrio coletivo.

A desarmonia individual, o desequilíbrio individual, o desamor individual, o desequilíbrio familiar, a desarmonia familiar são geradores de maiores desarmonias, maiores desamores, que são os coletivos, sociais.

Existem muitas coisas nocivas, muitas coisas destrutivas, disfarçadas de bacanas, de modismo, de divertidas…

Uma hipnose coletiva confunde muita gente, manipulação das sensações, dos prazeres efêmeros não confundem somente jovens que iniciam o processo de socialização e fazem muitas coisas para serem aceitos, mas também confundem pessoas mais experientes, que já conhecem muito da vida.

Autoafirmação, de uma forma negativa, não é uma coisa que só pode acontecer para pessoas que estão começando a se inserirem no contexto social, mas para todos aqueles que não fazem uma análise profunda dos seus atos, e também não possuem um entendimento mais
minucioso acerca de acontecimentos e pessoas.

Em grande escala, muitas pessoas são sugadas pela inversão comportamental, de valores, de sentimentos, sugados por seus próprios vazios existências, e por uma vida que não produz um sentido real sobre a própria interação vivida.

A atordoação e a insanidade viraram ponto de partida, transformaram-se em corriqueiras, aceitáveis, porque difícil é encontrar pessoas sãs, buscando o equilíbrio, tendendo a uma harmonia.

Nessa sociedade existe muita ilusão:

O justo se transformou em injusto.

O saudável, em doente.

O amor se transformou em ódio.

O desequilíbrio é chamado de equilíbrio e, porque é visto com mais frequência, está sendo chamado de “normal”…

O que era inimaginável para um comportamento infantil se tornou totalmente aceitável, corriqueiro, banal, e depois se cobram comportamentos justos e honestos aos adultos…

Honestidade tornou-se artigo de luxo. E alguém com tal comportamento, frequentemente, é considerado “bobo”.

A brincadeira entre crianças e jovens ultrapassa todo e qualquer limite, mas pais, escolas e sociedade consideram normais, aceitáveis.

A agressividade é o comum, qualquer anseio e comportamento tranquilo e sereno passa a ser considerado passividade e outras definições, como se pessoas equilibradas, que prezem por comportamento mais equilibrado, sadio, fossem permissivas, fossem pessoas que aceitassem
tudo.

A desordem impera com várias denominações e sendo cultuada, cultivada como se isso fosse uma ordem aceita e muito enfatizada.

Como esperar crianças saudáveis, emoções boas, comportamentos de solidariedade, de caridade, de amor verdadeiro por parte dessas crianças, de jovens, de adultos e de pessoas experientes?

Tudo vai se agravando e ninguém consegue dar conta de todo desmazelo, falta de ética, respeito, falta de amor, permissividade, e inversões de todas as ordens…

Depois vão à procura ensandecida de culpados, de encontrar “bodes expiatórios” para “rombos” sem fim, para as feridas, dores, e também para todos os males sociais, para os desatinos de todas as espécies, sem buscar e querer ver a raiz de todo o mal.

É preciso olhar para o que produzimos enquanto sociedade, o que é aceitável e que não é, o que é considerado “normal”, mas que não é e o que é inaceitável em qualquer época.

Dentro de casa, na família, como em grandes grupos, observar de fato o que não existe possibilidade de ser aceitável, de ser admitido, e como lidar com todos os contextos adversos, e que trazem uma ameaça à integridade física, emocional, psíquica. É importante perceber o que traz transtornos enormes para toda a ordem de cultura, sociedade, família.

Tudo o que gira em torno do amor: o afeto, o amparo, o cuidado, a proteção, o interesse verdadeiro, o olhar mais profundo para aquele a quem amamos, “o não fazer ao outro o que não queremos para nós”, a humildade… Nunca estarão fora de moda, nunca terão seus antagonistas como melhores do que seu próprio significado e atuação.

O amor é amor e sempre será, não é possível substituí-lo e nem querer convencer uma massa que ele é qualquer outra coisa, pois o amor só produz uma emoção: a de paz. O amor jamais poderá ser ódio, raiva, guerra e conflito. Isso é um fato. E não existem derivados. Ou é ou não é amor. Não existe meio termo.

O equilíbrio é o cultivo diário por autoconhecimento, por domar as más tendências que todos os indivíduos possuem, o equilíbrio traz uma sensação boa de ventura, e não de desventura, traz um bom-senso, uma alegria interior e traz harmonia com todas as condições do nosso ser. Quando estamos em equilíbrio, o nosso interior se acalma e existe um contentamento interior maior.

Não é porque, aparentemente, o mal impera, que o bem se extinguiu.

É preciso escolher entre coisas nocivas e destrutivas, escolher as coisas realmente boas e saudáveis, mas, antes de tudo, é preciso educar os sentimentos, equilibrar emoções, ver o que realmente é melhor em meio a tantas coisas ruins, destrutivas e avassaladoras. Antes de saber escolher, primeiro você precisa saber distinguir entre o que faz bem e o que faz mal, entre o saudável e o nocivo…