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Quando começamos a ver mais guerras e a falar sobre o uso da bomba nuclear, voltamos a pensar na nossa extinção . . .

 




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Quando começamos a ver mais guerras e a falar sobre o uso da bomba nuclear, voltamos a pensar na nossa extinção . . .

 




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Os fins do Mundo

 



Os fins do Mundo

 



A sexta extinção

 






A sexta extinção

 






O homem é o grande predador da natureza e animais



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Comercial sobre preservação das espécies é de cortar o coração – Animação do estúdio Zombie



‘Dream’ é uma animação em stop-motion criada pela DDB NY para o Wildlife Conservation Film Festival, que acontece entre os dias 17 e 23 de outubro em Nova Iorque. 

No vídeo, 4 animais de diferentes espécies, todas ameaçadas de extinçao, contam suas histórias através da música ‘I Dreamed a Dream’, do famoso musical Les Misérables. 

Segundo a Adweek, o objetivo do WCFF é desenvolver programas de conscientização que ensinem as pessoas sobre a proteção da biodiversidade global. 

O vídeo foi criado pro-bono para a campanha. Já o processo de animação ficou por conta do estúdio brasileiro Zombie. Também tem brasileiro na ficha técnica – entre eles o CCO da DDB NY, Icaro Doria, os diretores de criação Thiago Carvalho e Bruno Oppido, o diretor de arte Guilherme Rácz e o redator Lucas Casao. 

“Tínhamos a responsabilidade de transferir para o visual um roteiro incrível com uma trilha impactante e sabíamos que cada detalhe faria a diferença no resultado final. Desde o início vimos ali que havia um potencial incrível em mãos e um desafio enorme com um tema tao importante. Foram 5 meses de trabalho intenso e dedicado, com um time de mais de 40 pessoas e muita parceria com a agência e o cliente. A confiança começou quando nos entregaram o job em uma concorrência entre as grandes produtoras de animação do mundo, e continuou até o último segundo de trabalho. A equipe foi ímpar e o talento individual de cada um contribuiu para um resultado incrível“, diz Paulo Garcia, co-fundador e Chief Creative da Zombie.







Postado em Blue Bus em 14/10/2016



Hayley Westenra  -  I Dreamed a Dream





Como enfrentar a sexta extinção em massa?






Referimo-nos anteriormente ao fato de o ser humano, nos últimos tempos, ter inaugurado uma nova era geológica – o antropoceno – era em que ele comparece como a grande ameaça à biosfera e o eventual exterminador de sua própria civilização. Há muito que biólogos e cosmólogos estão advertindo a humanidade de que o nível de nossa agressiva intervenção nos processos naturais está acelerando enormemente a sexta extinção em massa de espécies de seres vivos. Ela já está em curso há alguns milhares de anos. Estas extinções, misteriosamente, pertencem ao processo cosmogênico da Terra. Nos últimos 540 milhões de anos ela conheceu cinco grandes extinções em massa, praticamente uma em cada cem milhões de anos, exterminando grande parte da vida no mar e na terra. A última ocorreu há 65 milhões de anos quando foram dizimados os dinossauros entre outros.

Até agora todas as extinções eram ocasionadas pelas forças do próprio universo e da Terra a exemplo da queda de meteoros rasantes ou de convulsões climáticas. A sexta está sendo acelerada pelo próprio ser humano. Sem a presença dele, uma espécie desaparecia a cada cinco anos. Agora, por causa de nossa agressividade industrialista e consumista, multiplicamos a extinção em cem mil vezes, diz-nos o cosmólogo Brian Swimme em entrevista recente no Enlighten Next Magazin, n.19. Os dados são estarrecedores: Paul Ehrlich, professor de ecologia em Standford calcula em 250.000 espécies exterminadas por ano, enquanto Edward O. Wilson de Harvard dá números mais baixos, entre 27.000 e 100.000 espécies por ano (R. Barbault, Ecologia geral 2011, p.318).

O ecólogo E. Goldsmith da Universidade da Georgia afirma que a humanidade ao tornar o mundo cada vez mais empobrecido, degradado e menos capaz de sustentar a vida, tem revertido em três milhões de anos o processo da evolução. O pior é que não nos damos conta desta prática devastadora nem estamos preparados para avaliar o que significa uma extinção em massa. Ela significa simplesmente a destruição das bases ecológicas da vida na Terra e a eventual interrupção de nosso ensaio civilizatório e quiçá até de nossa própria espécie. Thomas Berry, o pai da ecologia americana, escreveu:”Nossas tradições éticas sabem lidar com o suicídio, o homicídio e mesmo com o genocídio mas não sabem lidar com o biocídio e o geocídio”(Our Way into the Future, 1990 p.104).

Podemos desacelerar a sexta extinção em massa já que somos seus principais causadores? Podemos e devemos. Um bom sinal é que estamos despertando a consciência de nossas origens há 13,7 bilhões de anos e de nossa responsabilidade pelo futuro da vida. É o universo que suscita tudo isso em nós porque está a nosso favor e não contra nós. Mas ele pede a nossa cooperação já que somos os maiores causadores de tantos danos. Agora é a hora de despertar enquanto há tempo.

O primeiro que importa fazer é renovar o pacto natural entre Terra e Humanidade. A Terra nos dá tudo o que precisamos. No pacto, a nossa retribuição deve ser o cuidado e o respeito pelos limites da Terra. Mas, ingratos, lhe devolvemos com chutes, facadas, bombas e práticas ecocidas e biocidas.

O segundo é reforçar a reciprocidade ou a mutualidade: buscar aquela relação pela qual entramos em sintonia com os dinamismos dos ecossistemas, usando-os racionalmente, devolvendo-lhes a vitalidade e garantindo-lhes sustentabilidade. Para isso necessitamos nos reinventar como espécie que se preocupa com as demais espécies e aprende a conviver com toda a comunidade de vida. Devemos ser mais cooperativos que competitivos, ter mais cuidado que vontade de submeter e reconhecer e respeitar o valor intrínseco de cada ser.

O terceiro é viver a compaixão não só entre os humanos mas para com todos os seres, compaixão como forma de amor e cuidado. A partir de agora eles dependem de nós se vão continuar a viver ou se serão condenados a desaparecer. Precisamos deixar para trás o paradigma de dominação que reforça a extinção em massa e viver aquele do cuidado e do respeito que preserva e prolonga a vida.

No meio do antropoceno, urge inaugurar a era ecozóica que coloca o ecológico no centro de nosas atenções. Só assim há esperança de salvar nossa civilização e de permitir a continuidade de nosso planeta vivo.

Leonardo Boff é autor com Mark Hathaway de O Tao da Libertação: explorando a ecologia da transformação, Vozes 2011.

Postado no Blog Leonardo Boff.com em 26/02/2012