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Ponto de ônibus com biblioteca, balanço e Wi-Fi






Este ponto de ônibus com biblioteca, balanço e Wi-Fi é simplesmente genial


Redação Hypeness


Um ponto experimental de ônibus de Cingapura está verdadeiramente em um outro nível de genialidade. Projetado pela firma local DP Architects, a estrutura do protótipo foi concebida com a missão de fazer com que a espera seja divertida. Podemos dizer que este objetivo foi alcançado com louvor.


Localizado no centro da cidade de Jurong Lake District, o ponto de ônibus futurista tem Wi-Fi gratuito, painéis solares, estações de carregamento de celular, paineis interativos com horários de chegada, um planejador de viagem, ebooks (que você pode baixar digitando um QR code), livros físicos (que os leitores podem levar para casa), um jardim no terraço, estacionamento de bicicletas, obras de arte do ilustrador local Lee Xin Li e um balanço.




“Espero que a comunidade enxergue como pontos de ônibus podem ser uma extensão de seus ambientes sociais, como opções de diversão e conhecimento“, disse Seah Chee Huang, o diretor de arquitetura da empresa DP em um comunicado.




O ponto de ônibus já está em funcionamento há seis meses. No outono, o governo irá decidir se devem estender as comodidades do local a outros pontos de ônibus da cidade.




“Esperamos também que este projeto encoraje nossos colegas profissionais a avançar e colaborar ativamente na concepção de nossos espaços públicos cotidianos e que inspirem a comunidade a aproveitar melhor esses lugares”, concluiu.

Este espírito de envolvimento da comunidade em melhorar os espaços públicos é o que a departamento urbano de Cingapura tem incentivado através do programa “Nosso Lugar Favorito“.




Postado em Hypeness



Porto Alegre - A prefeitura da Coca-Cola



Por Erick da Silva


A imagem acima, do prédio da Prefeitura de Porto Alegre, simboliza bem a relação da prefeitura com as empresas privadas. A apropriação dos espaços públicos pela iniciativa privada tem perigosamente se disseminado na cidade. Primeiramente com o prefeito Fogaça (PMDB) e agora com Fortunati (PDT), tem se adotado uma política de "parceria" com a iniciativa privada junto aos espaços públicos da cidade, cujos critérios e objetivos destas parcerias são no mínimo questionáveis e mostram uma incapacidade da própria prefeitura em manter os espaços públicos para a população.


O direito da população a sua cidade se enfraquece, na medida que marcas privadas passam a se apropriar dos espaços públicos, a lógica de mercantilização da cidade passa a prevalecer. A população fica ainda mais apartada dos rumos da cidade, o espaço público, como uma praça, logradouro ou o próprio prédio da prefeitura, tendo sua vinculação a Coca-Cola, por exemplo, passa a imagem de que aquele espaço, que outrora era da população, agora está vinculado aquela marca. 

A história daquele espaço, sua vinculação com seu povo, passa a ser secundário, é a marca da empresa que passa a prevalecer. O caráter público torna-se difuso e a noção de pertencimento e de uso daquele espaço público pela sua população se altera para uma relação de maior distanciamento.

O "direito à cidade", em Porto Alegre nunca esteve tão ameaçado. Como aponta David Harvey, o "'direito à cidade' não é simplesmente um direito de acesso ao que existe. É um direito de participar da construção e da reconstrução do tecido urbano, de formas mais condizentes com as necessidades da massa da população." É estabelecer uma dinâmica democrática sobre a própria concepção de cidade, o que não ocorre em Porto Alegre. 

A gestão dos espaços públicos tem perdido o seu caráter "público". Deixamos de ter uma relação entre a prefeitura e seus cidadão, o que temos é uma relação entre empresas e clientes e todos sabemos que está é uma relação onde o conjunto da população sempre acaba perdendo.

Postado no blog Aldeia Gaulesa em 03/08/2012 


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