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Índia planta algodão orgânico e faz Monsanto perder milhões



Agricultores e governo na Índia se unem para plantar algodão orgânico e fazem Monsanto perder milhões




Redação Hypeness

A Monsanto, empresa multinacional do ramo de agricultura e biotecnologia, líder mundial em produção de sementes geneticamente modificadas e inimigo mortal de 10 entre 10 ativistas, é uma gigante em todos os mercados do mundo, mas na Índia vem perdendo milhões com a produção de algodão.

Depois de ser acusada de manipular e quebrar leis de mercado no país, e dos mais de 300 mil suicídios de agricultores atribuídos a ganância e ao domínio de mercado pela empresa, o governo enfim começa a promover a utilização de sementes locais orgânicas, e a empurrar a empresa para a fora do país.




Só este ano, a Monsanto já perdeu em torno de 75 milhões de dólares em royalties na Índia, que é o maior produtor de algodão do mundo. Sua produção tradicional, porém, caiu 50% desde que as marcas de moda passaram a preferir alternativas verdes (o cultivo de algodão é altamente poluente), como o Better Cotton Iniciative (BCI), também geneticamente modificado, mas cultivado com menos consumo de água e produtos químicos.


Produção geneticamente modificada da Monsanto


O algodão orgânico tende a ser melhor do que o convencional, e não conta com a utilização de agrotóxicos e pesticidas químicos, ainda que seu preço seja mais elevado que o BCI. O objetivo do governo indiano agora é demonstrar os benefícios da produção de BCI e orgânico, reduzir o impacto do cultivo no meio ambiente, promover relações justas de trabalho para comunidades agrícolas e estimular a troca de informação global para produções algodoeiras sustentáveis.




Em comparação, os números da produção orgânica são imbatíveis: redução de 46% no impacto sobre o aquecimento global, 70% menor acidificação, 26% menos erosão de solo e 91% de redução de consumo de água.

Há de chegar o dia em que todos entendam que lucro de verdade é manter o planeta saudável.






Recentemente o Hypeness mostrou um vídeo que a Monsanto não gostaria que se tornasse viral. Reveja.



Postado em Hypeness 



Brasileira de 92 anos receberá o principal prêmio de agricultura orgânica mundial




Depois de 65 anos na luta pela saúde dos solos, a engenheira agrônoma Ana Primavesi, de 92 anos, receberá o One World Award – o principal título de agricultura orgânica mundial.
Conferido pela International Federation of Organic Agriculture Movements (Ifoam), o prêmio honra ativistas cujo trabalho tenha impactado positivamente a vida de produtores rurais, sobretudo os mais desfavorecidos.
Neste ano, a cerimônia será realizada em setembro, na Alemanha.

Uma das pioneiras do movimento orgânico no Brasil, a austríaca naturalizada brasileira foi escolhida pelo grande impulso que deu aos movimentos agroecológicos não só no Brasil, como na América Latina, contribuindo, segundo os organizadores, para moldar um paradigma alternativo à agricultura industrial.

Ana dedicou a sua vida a ensinar como é possível aliar a produção de alimentos à conservação do meio ambiente, nunca se esquecendo do pequeno produtor e das suas necessidades. 
“ O segredo da vida é o solo, porque do solo dependem as plantas, a água, o clima e nossa vida. Tudo está interligado. Não existe ser humano sadio se o solo não for sadio e as plantas, nutridas ” 
disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Em 65 anos de trabalho, Ana não somente revolucionou a produção agrícola, mas também mudou a vida de muita gente para melhor. 

Por isso esse prêmio é mais que merecido. Se você quer se familiarizar um pouco mais com o trabalho desta agrônoma espetacular, vale a pena ler o livro Manejo Ecológico do Solo – escrito por ela e considerado uma das bíblias da produção orgânica e leitura obrigatória nas faculdades de Agronomia do país – ou assistir o documentário O Veneno Está Na Mesa, com falas de Eduardo Galeano.



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