Andar ou correr?






A prática regular de atividades físicas é com certeza um dos hábitos mais saudáveis que se pode recomendar. Inúmeras doenças que comumente acometem os habitantes das grandes cidades, com hábitos de vida cada vez mais sedentários, poderiam ser evitadas caso se pudesse dispensar 30 ou 40 minutos, pelo menos 3 dias por semana, à realização de exercícios físicos.



No entanto, apesar de grande parte da população ter consciência desse benefício, ainda é pequena em nosso país a parcela dos praticantes regulares de exercícios. Talvez uma das razões para esse fato seja a tentativa de iniciação à prática de exercícios sem uma orientação adequada.



Andar ou correr? Esta com certeza ainda é uma dúvida que principalmente os iniciantes frequentemente apresentam. 

Na realidade, para a grande maioria das pessoas, correr seria uma atividade totalmente inadequada para que os benefícios do exercício possam ser obtidos. O exercício. para ser eficaz e sobretudo seguro, deve ser mantido continuamente por pelo menos 30 minutos com boa tolerância, ou seja, com sensação de conforto durante sua realização. Correr confortavelmente por 30 minutos contínuos é prerrogativa de indivíduos treinados. 

As pessoas sedentárias devem obrigatoriamente iniciar sua atividade física andando por 30 minutos contínuos pelo menos 3 dias por semana. A sequência regular após as primeiras semanas de adaptação dará a sensação de melhora progressiva da resistência física e, consequentemente, a percepção da necessidade de andar cada vez mais acelerado para se atingir o mesmo nível de esforço subjetivo. Esse processo progressivo de adaptação trará cada vez mais benefícios a médio e longo prazo. 

É previsível que após várias semanas de prática regular o indivíduo já esteja correndo confortavelmente por 30 minutos contínuos. Certamente a par dessa evolução de sua aptidão física, ele terá inclusive mudado hábitos de vida. O indivíduo fisicamente ativo melhora sua auto-estima, previne doenças, e consequentemente melhora sua qualidade de vida.

Ande, para poder Correr!
                                                                                          Prof. Dr. Turíbio Leite de Barros Neto






Em relação aos benefícios para a saúde, corrida e caminhada têm pontos em comum. "Ambas atuam na melhora do condicionamento cardiovascular, ajudam a reduzir fatores de risco para infarto do miocárdio, obesidade e diabetes, auxiliam a socialização e a integração com outras pessoas (amigo, treinador)", diz o fisioterapeuta Felipe Machado.

"A caminhada é recomendada a pessoas que apresentam um histórico de sedentarismo, iniciantes que queiram começar um programa de condicionamento, para aqueles que estejam acima do peso e/ou revelem alguma contra-indicação para a corrida", resume Flávia Ungaretti, professora de educação física e treinadora da Marcos Paulo Reis (MPR) Assessoria Esportiva, de São Paulo. 

"É importante ressaltar que pacientes cardiopatas devem ter liberação do cardiologista e, de preferência, seguir um programa com profissionais da área de saúde e educação física. Já a corrida está indicada àqueles que querem aperfeiçoar o condicionamento cardiovascular, melhorar ainda mais a qualidade de vida e atletas em busca de performance. A caminhada é o começo de tudo." 

SE O FOCO FOR MANTER A SAÚDE DE FORMA GERAL, A CAMINHADA É EFETIVA?

Sim. "Desde que o exercício atinja objetivos como, por exemplo, freqüência cardíaca alvo e se tenha um balanço calórico entre o que se ingere e o que se gasta", avalia Felipe Machado, especialista em medicina esportiva.

SE MEU OBJETIVO É EMAGRECER, SÓ CAMINHAR ADIANTA?

Não. "Se você estiver sedentário, qualquer atividade que venha a fazer ativará o metabolismo. Mas, é claro, deve-se incorporar novos hábitos alimentares", explica Flávia Ungaretti, da MPR. "É importante buscar acompanhamento nutricional", reforça Felipe Machado.

ALONGUE-SE 

Priorize o alongamento, antes e depois da atividade física, enfatizando joelhos e tornozelos, esticando a coxa e a perna em sua totalidade. "Nenhum músculo trabalha sozinho, - o equilíbrio muscular é fundamental", diz a treinadora Flávia Ungaretti.





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